A apenas dois dias da 20; edição da Parada do Orgulho LGBTS de Brasília, marcada para domingo (25/6), os organizadores do evento dizem que enfrentam dificuldades para realizá-lo. O problema diz respeito ao percusso a ser feito pelos participantes.
Segundo os idealizadores, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) quer mudar os locais de concentração e dispersão da parada. A previsão inicial era de que a concentração começasse às 14h, na Alameda das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, e o fim da passeata se desse na Torre de TV. A SSP, no entanto, estaria resistindo a esse trajeto. O Correio procurou a secretaria, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.
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Na manhã desta sexta-feira (23/6), os organizadores se reuniram com representantes das forças de segurança, na sede da SSP, horas antes de o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) regulamentar a lei 2.615/2000, que pune a homofobia na capital.
Segundo um dos idealizadores, Michel Platini, o GDF impõe uma série de regras para a manifestação. "É uma discussão longa. Quase não conseguimos tirar a edição deste ano do papel. Primeiro, a SSP queria caracterizar a parada como um evento. Depois de muita discussão, foi considerada um manifesto. Mas, agora, estão tratando de uma maneira que pode inviabizar o ato", detalha.
De acordo com os organizadores, além de alterar o percusso da parada, as forças de segurança determinaram novos horários de começo e de fim. "Aqui em Brasília, estamos enfrentando uma série de dificuldades. Esse é o maior ato de direitos humanos no DF e, quando já estamos próximos, querem alterar o combinado. Isso viola o direto de manifestação da sociedade", afirma Platini.