Uma agência de automóveis foi condenada pela Justiça do Distrito Federal por vender uma caminhonete com o hodômetro - instrumento que indica distâncias percorridas pelos veículos - adulterado. Após modificar o aparelho, colocando números inferiores à quilometragem real dos veículos, era possível vendê-los por valores maiores. A empresa Taguasul Car Veículos Ltda Epp terá agora que restituir aos clientes valor correspondente a 5% de desvalorização do veículo. A decisão foi tomada pela juíza substituta da 15; Vara Cível de Brasília.
[SAIBAMAIS]Uma vítima contou que comprou uma caminhonete de luxo que registrava como rodados apenas 580 km. Depois de efetuar a compra, ele percebeu que, no manual do veículo, já havia sido realizada a primeira revisão de 10 mil km. Por causa da divergência, registrou boletim de ocorrência. Foi feita a perícia e constatada a adulteração. Ela pediu indenização pela depreciação do carro e por danos morais.
Defesa
A agência contestou a denúncia e argumentou que a secretária da loja teria se enganado e entregado o manual de outra caminhonete, do mesmo modelo. Segundo a empresa, o número do chassi do veículo do autor é diferente daquele que foi objeto da revisão que consta no manual.
A juíza entendeu que ficou comprovado o erro na administração do serviço e explicou que, no caso, o laudo da perícia criminal determinou que o painel do veículo tinha sido removido e desmontado em época que não se pode precisar. Além disso, a placa de circuito impresso instalada no painel havia sido manipulada e removida a memória EEPROM, utilizada para registro de dados, e depois reinstalada, provavelmente com "o intuito de adulterar a memória de armazenamento de dados do hodômetro". Cabe recurso da decisão.
Com informações do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT)