Letícia Cotta*
postado em 30/06/2017 10:23
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A paixão pela música fez Edvânia Neres Ribeiro, ou Kika Ribeiro, 36 anos, a trocar o emprego em uma agência bancária pelos palcos e rodas de samba. Desde que investiu no lado artístico, há cerca de uma década, a cantora se aventurou em gêneros como rock e reggae, até se identificar de vez com a MPB. "Quando apareceu um convite para compor um samba, me empolguei e me apaixonei pelo nosso ritmo", conta.
O passo rumo ao profissionalismo foi a realização de um desejo antigo, ainda da adolescência. Quando tinha 15 anos, Kika fugiu de casa, em Taguatinga, para fazer turnê em São Paulo ao lado de um músico que conheceu na rua. ;Fui escondida do meu pai. Fiquei três meses e cansei. Quando voltei, fui para a casa da minha avó, com medo de como ele reagiria;, lembra, rindo.
O episódio, além de revelar a vocação artística, mostra também o temperamento forte da artista, que persiste até hoje. "Acabo brigando com todo mundo de quem eu gosto", avisa. O gênio, porém, não impediu o encontro com Flávio, violonista que a acompanha. "Foi minha companheira, Cláudia, que ligou pra ele e articulou tudo", conta. "Quando eu o conheci, ele ficou falando que já me ligava pra confirmar se íamos tocar juntos. Eu liguei três vezes e ele falou que eu era muito desesperada. Aí, eu virei e disse: ;Cara, você quer ou não quer? Porque, se não, eu ligo pra outra pessoa;. Aí, a gente começou a tocar junto e ele virou praticamente meu irmão", recorda.
Além de tocar em todo palco que se mostra aberto, Kika marca ponto no Cruzeiro Velho todo domingo, quando pode ser vista participando do projeto Samba da Mulher Bonita, no Centro Empresarial Divinu;s Pub. Também é possível conhecer mais o trabalho dela por meio da internet, seja em sua página no Facebook, seja em vídeos no YouTube, como o que ela interpreta a música ;Receita;.
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* Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende