A morte de milhares peixes às margens do Rio Paranoá, próximo ao Núcleo Rural Boqueirão, no último sábado (1;/7), preocupou a comunidade local e ambientalistas. Quem investiga o caso é o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que visitou a região para fazer a análise.
Ainda não se sabe a causa das mortes. Contudo, suspeita-se do despejamento de esgoto não tratado na região, uma vez que, próximo ao local, há uma estação de tratamento da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Caso seja comprovada a irregularidade, a companhia será multada.
A delegada Marilisa Gomes, da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (DEMA) afirma que a Caesb tem autorização para despejar água tratada no rio Paranoá. ;Assim que for apurada a autoria do fato, o responsável pode responder por dano ambiental e também por poluição;, frisa.
O biólogo e doutor em ecologia pela Universidade de Brasília (UnB) Pedro Aquino foi ao local para ver de perto o desastre ambiental. "a provável razão para a morte dos animais é a água de esgoto concentrada que foi despejada nos rios;, observa. O biólogo relata também que o local exalava um cheiro muito forte de esgoto.
Em nota, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) informou que a Companhia Energética de Brasília (CEB) é responsável pelo controle das comportas que regulam a passagem de água do Lago Paranoá para o Rio Paranoá. Para diluir os resíduos emitidos pela Caesb no espelho d;água, a Adasa autorizou a CEB a manter as comportas abertas.
[SAIBAMAIS]O Governo do Distrito Federal, por sua vez, informou que está adotando as medidas necessárias para solucionar a questão da mortandade dos peixes e investigar as causas. Afirmou também que ;o tratamento de esgotos realizado pela Caesb, em todo o DF, é de excelente nível e reconhecido nacional e internacionalmente". "Eventuais infrações podem ser aplicadas pelos órgãos ambientais, mas precisam ser analisadas em seus respectivos contextos", continou, em nota.