Hellen Leite
postado em 19/07/2017 11:16 / atualizado em 18/11/2020 11:22
Mesmo fechado e sem receber jogos há dois meses, o Estádio Nacional Mané Garrincha teve uma conta de água milionária este mês: mais de R$ 2,2 milhões. Segundo a cobrança, em maio deste ano, o complexo consumiu 94,2 milhões de litros de água, o suficiente para abastecer aproximadamente 20 mil pessoas durante um mês, ou uma Candangolândia inteira. O valor é 67 vezes superior ao gasto médio de água do estádio, que gira em torno de R$ 37 mil por mês.
O motivo para uma conta tão alta, porém, continua um mistério. Nesta quarta-feira (19/7), Carlos Leal, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pelo estádio, afirmou que diversas vistorias foram feitas no estádio, com ajuda da Caesb e da Novacap, e nenhum vazamento ou problema nos hidrômetros foi encontrado.
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Com isso, a Terracap suspeita que pode ter havido erro no registro de leitura do hidrômetro ou erro interno da Caesb na elaboração da cobrança. Para a Terracap, o consumo desse porte não seria possível, pois o abastecimento das caixas de água é feito manualmente por servidores no local, que controlam o fluxo.
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"Um consumo como esse deveria causar, no mínimo, alguma tragédia aqui no estádio, no sentido de provocar um vazamento que inundasse a área por vários dias, já que estamos falando de um consumo de cinco anos dentro de um mês", avaliou o diretor técnico.
A Caesb ainda não se pronunciou oficialmente. De acordo com a assessoria do órgão, um relatório técnico detalhado deve ser enviado à Terracap ainda nesta quarta-feira. Se houver comprovação de que a água não caiu na rede de esgoto, a conta cai pela metade. No entanto, se o volume tiver sido totalmente consumido, a cobrança permanecenerá em R$ 2.266.000.