Cidades

Prata da Casa: o encontro do sertanejo raiz com hits modernos da música

A dupla Brener Viola e Daniel canta de Tião Carreiro e Pardinho ao sucesso Despacito

Hellen Resende*
postado em 21/07/2017 15:35
A dupla sertaneja Brener Viola e Daniel Um começou a cantar na igreja e trocou os hinos religiosos pela música que mais toca nas baladas: o sertanejo. O outro nasceu em uma família que desde sempre aprecia moda de viola e levou o instrumento para os shows. Juntos, eles cantam e tocam há pouco tempo, mas o que falta de experiência (por enquanto) sobra de empolgação e planos para o futuro. O Prata da Casa desta sexta-feira (21/7) é com a dupla Brener Viola e Daniel, dois jovens talentosos que são uma promessa para o sertanejo. Seja ele raiz ou nutella.

Influenciados por clássicos do estilo musical, sempre procuram inovar com os hits do momento. Eles são fãs da dupla Tião Carreiro e Pardinho, mas se permitem tocar Jorge & Mateus e até se arriscam em outras vertentes musicais: Wesley Safadão, MC Kevinho e outros artistas pop estão no repertório. Essa diversidade cria pot-pourris variados e atrai diversos públicos, principalmente os mais jovens.
A identidade da dupla é justamente esse encontro de estilos. Brener faz a segunda voz e ambos são multi-instrumentais. Eles usam pedaleira de efeito (comumente utilizada em guitarras) para inovar na viola caipira. Até o sucesso do momento, o Despacito, ganha espaço nos shows e acordes na viola.
[SAIBAMAIS] Brener Diamantino, 23 anos, e Daniel Silva, 29, são músicos há bastante tempo, mas começaram a se apresentar juntos há um mês. Ambos de Goiás, eles cresceram vendo a evolução do estilo mais popular do país, o sertanejo. Autodidatas, aprenderam a tocar diversos instrumentos na cara e na coragem.
Brener se apaixonou pela viola e, hoje, ela faz parte do seu nome artístico. Vivendo as tradições goianas desde criança, o rapaz frequentava folias de reis quando pequeno e se ambientava com a
sonoridade caipira. O músico está em sua terceira formação de dupla e não desiste de encontrar o parceiro ideal para travar (e vencer) a luta pelo sucesso. "Eu odeio cantar sozinho. Para mim, música sertaneja tem que ter primeira e segunda voz", defende.
Daniel era outro rapaz que também esperava uma oportunidade de encontrar a voz que complementasse a sua cantoria. O encontro se deu em um evento particular, quando Daniel tocava violão para Brener, que nessa época se apresentava sólo. Após escutar o parceiro dando uma palhinha (cantarolando), eles cantaram juntos e receberam elogios do público. Desde então, a dupla tem se apresentado em diversos bares e casas de show do DF.
Além de músico, Brener é advogado. Daniel, designer de sobrancelhas. Cada vez mais, eles deixam o escritório e o salão de beleza para se dedicar aos shows. A dupla compõe e já faz planos para gravar um primeiro disco. Eles buscam patrocínio e espaço no mercado sertanejo da capital, que segundo Daniel, é maior que o de Goiania. O sonho dos meninos é tocar no evento Villa Mix, o gigante do ramo. Enquanto esse dia não chega, os sertanejos alegram o público da capital federal e Entorno, com o seu estilo caipira alternativo.
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* Estagiária sob supervisão de Anderson Costolli

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