Cidades

Com nova técnica, polícia identifica corpo de homem assassinado em janeiro

Após cerca de seis meses, o corpo de Gerson Macêdo, 65 anos, foi encontrado dentro de uma cisterna, em Águas Lindas (GO). Análise inovadora permitiu aos peritos descobrir a identidade da vítima em 29 horas

postado em 24/07/2017 16:12
Cinco bombeiros trabalharam na retirada do corpo da cisternaA Polícia Civil do Distrito Federal identificou o corpo de um homem de 65 anos desaparecido desde janeiro deste ano. Cerca de seis meses após a morte, no último dia 13, Gerson Macêdo foi localizado dentro de uma cisterna, com mais de dezoito metros de profundidade, em Águas Lindas (GO). O motivo do crime seria uma dívida.
Segundo a investigação da PCDF, a vítima havia perdido R$ 350 mil e cobraria dos suspeitos o valor. Na última vez que Gerson foi visto, ele supostamente iria ao encontro dos envolvidos no negócio. Dos três suspeitos no assassinato de Gerson, apenas Jocélio Freire da Costa, conhecido como Neguinho, está preso, desde 14 de julho. Alziro Zarau Oliveira está foragido e Erinaldo Soelho, conhecido como Fernando Cadeirante, foi assassinado pelos próprios comparsas, em 5 de fevereiro, em Luziânia, segundo a polícia.
Assim que o corpo foi localizado, o crime passou a ser tratado como homicídio. Os agentes da 29; Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) conduzem o caso.
Samuel Teixeira  Gomes Ferreira, chefe do IPDNA forense: identificação foi possível graças a nova técnica utilizada pela Polícia Civil do DF

Exame

Para a identificação do corpo, a PCDF usou um novo procedimento. O Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da corporação retirou um pedaço de tecido mole da vítima, extraído da cartilagem de um osso do braço. O material foi comparado com o perfil genética dos familiares. O diferencial foi conseguir células viáveis no interior de um tecido em decomposição.

Os peritos iniciaram o procedimento em 18 de julho, com duração de 29 horas, em oposição aos 75 dias que normalmente são necessários. Samuel Teixeira Gomes Ferreira, chefe do IPDNA forense, diz que o trabalho do instituto é fundamental para que os suspeitos sejam punidos por terem cometido o homicídio. "É um trabalho em conjunto, em que a perícia produz prova técnica que vai ser fundamental para a delegacia, para que o delegado possa concluir o inquérito e enviar ao Ministério Público, órgão que fará a denúncia contra os suspeitos;, explica.

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