Jornal Correio Braziliense

Cidades

Vigilante dispara contra membros de sindicato no Hospital de Ceilândia

O vigilante efetuou disparos após se desentender com sindicalistas que foram ao hospital verificar um denúncia de assédio moral

O desentendimento entre um vigilante do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e representantes do sindicato da categoria terminou em tiroteio em frente à unidade de saúde, nesta quinta-feira (3/8). Segundo informações da Polícia Militar do DF, ninguém ficou ferido.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv), Paulo Quadro, três representantes da entidade foram ao hospital verificar queixas de terceirizados que fazem a segurança do HRC. Segundo a denúncia, o supervisor dos vigilantes assediava os subordinados, ameaçando-os com demissão sem motivos para tal.

Durante a visita, o supervisor acabou se desentendendo com os representantes do sindicato, sacou a arma que portava e atirou, sem atingir ninguém, felizmente. O incidente ocorreu no posto médico ambulatorial do hospital. "Em nenhum momento houve alteração por nossa parte. Mas, quando chegamos perto da guarita, ele estava nos esperando, dizendo que estávamos de marcação com ele. Em seguida, sacou a arma e atirou na nossa direção. Ele ainda correu atrás da gente. Levamos um susto. Poderiamos ser três mortos", conta Amarildo da Silva, diretor do sindicato.

Ele completa que no momento dos tiros, crianças e idosos correram com medo.

Atendimento

Por estar visivelmente alterado emocionalmente, o supervisor, depois de ser contido por colegas, recebeu atendimento médico e foi encaminhado ao Hospital de Pronto-Atendimento Psiquiátrico (Hpap), em Taguatinga Sul. A Polícia Militar também foi acionada. Caso o vigilante fosse condenado, responderia por disparo em via pública, de 2 a 4 anos e por tentativa de homicídio, até 30 anos de prisão. Porém, segundo o 1; Tenente Leandro, o supervisor foi liberado diante pagamento de fiança no valor de R$ 500,00.

"O sindicato abomina essa ação. Ele (o supervisor) é despreparado e não tem condição alguma de representar a classe operária. Ele é um velho conhecido nosso e, por onde passa, tem confusão", afirma Quadro, acrescentando que, por ter sido, contratado como supervisor, não poderia portar arma de fogo. O sindicato registrou boletim de ocorrência e afirma que tomará as providências jurídicas cabíveis.