Acusada de sequestrar um bebê de 3 meses no Conic em junho passado, Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, foi transferida para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Até o fim da tarde de sexta-feira (11/8), ela permanecia presa na Cadeia Pública de Planaltina de Goiás (GO), localizado a 60km da capital federal. A transferência se deu após o processo criminal ter sido enviado para a Justiça do DF. A defesa de Cevilha pretende entrar com um processo de soltura até quarta-feira (16/8).
O advogado de Cevilha, Gilson Santos, entrará com o pedido alegando que Cevilha não apresenta risco à sociedade. "Ela assumiu o crime e, como todo cidadão, tem direito de responder em liberdade a não ser que seja algum crime hediondo, o que ela não fez. Ela responde por subtração de incapaz. Não oferece riscos e possui endereço fixo e emprego", afirmou.
[SAIBAMAIS]Essa é a segunda vez que a defesa tenta a soltura da acusada de sequestrar o bebê. Eles argumentaram que Cevilha praticou o crime em razão de um "surto psicótico". Na segunda-feira (7/8), o argumento de soltura acabou recusado pela juíza Paula Afoncina Barros Ramalho, da 1; Vara Criminal de Brasília. A magistrada entendeu que a defesa não apresentou nenhuma prova sobre os eventuais problemas psicológicos de Cevilha citados na ação. Ainda de acordo com a decisão, a manutenção da prisão se dava para a "garantia da ordem pública".
O sequestro
Cevilha Moreira sequestrou uma criança de três meses em uma clínica de exames admissionais no Conic, em 29 de junho. A mãe da criança, Arlete Bastos da Silva, deixou a filha aos cuidados da acusada enquanto era atendida e contou à polícia que, quando voltou para buscar a menina, não viu mais a mulher nem a criança.
A sequestradora foi localizada por policiais militares de Goiás em Planaltina (GO), cidade distante 60km do Plano Piloto, e presa sete horas após o rapto. Os policiais também encontraram com Cevilha uma certidão de nascimento, na qual ela registrou a menina como filha dela.