Jornal Correio Braziliense

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PC prende estelionatário acusado de fazer 100 vítimas no DF e Entorno

Ele se passava por ex-funcionário da Caixa e cobrava até R$ 2,5 mil com a promessa de agilizar o processo de obtenção de imóveis por meio de programas como o Morar Bem e o Minha Casa, Minha Vida

A polícia prendeu um homem de 57 anos acusado de cobrar entre R$ 600 e R$ 2,5 mil para "agilizar" a documentação de interessados em conseguir imóvel por meio de programas habitacionais, como o Morar Bem e o Minha casa, Minha vida.

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O suspeito, identificado pela Polícia Civil como Ronaldo Pagano, se apresentava como ex-funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF) e agia no DF e Entorno. Ele teria aplicado golpes em Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Nas cidades goianas, há registro em Valparaíso, Luziânia e Águas Lindas de Goiás.

Em cada cidade, ele se apresentava com um nome diferente, segundo a polícia. E, após a vítima pagar pelo serviço, ele pedia um prazo de 30 a 90 dias para entregar os documentos. Depois disso, as vítimas nunca mais o viam. Ronaldo foi preso na tarde de quinta-feira (17/8), acusado de estelionato.

Um organograma da Polícia Civil mostra o registro de 13 boletins de ocorrência contra ele, sendo que, cada um, menciona ao menos cinco pessoas. Mas o número de vítimas do golpe, segundo o delegado Fernando Fernandes, da 19; Delegacia de Polícia (Setor P Norte-Ceilândia), pode chegar a 100.

Vida no crime

Ronaldo possui passagens criminais desde 2000, por lesão corporal, ameaça, homicídio e atos enquadrados na Lei Maria da Penha. Em 2003, ele teria começado a prática de estelionato e, a partir de 2014, intensificado a ação.

"Já era um estilo de vida. Ele até chegava com a pastinha e os documentos com a logomarca da Caixa para dar a aparência de autenticidade. No momento da prisão, ele tentou negar, mas, diante das evidências, não há dúvidas de que ele é o autor dos golpes. Também se mostrou contrariado, pois acredita que foi pego por conta dos comparsas", afirma o delegado. Não está descartada a participação de funcionários do banco no golpe.

O prejuízo causado às vítimas é estimado em R$ 200 mil, e a polícia acredita que mais pessoas comparecerão para registrar ocorrência. Se condenado, o homem pode pegar até 30 anos de prisão.