Roberta Belyse - Especial para o Correio
postado em 18/08/2017 13:40
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre a morte do motorista da Caixa Econômica Federal, Luís Cláudio Rodrigues Figueiredo, 48 anos, em uma cela da 13; delegacia de polícia (Sobradinho), no último 14 de julho. Em coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira (18/8), o delegado Marcelo Zago, afirmou que Luís Cláudio cometeu suicídio. "Faleceu em razão de um enforcamento. A perícia tem um grau incontestável. Todas as provas apontam de forma induvidosa o suicídio dele", confirmou.
[SAIBAMAIS]Luís Cláudio Rodrigues foi detido após dirigir embriagado e colidir o veículo que conduzia contra o carro de um policial militar, por volta das 15h. A família foi chamada e, só após o pagamento da fiança, no valor de R$ 1.200, o cunhado foi autorizado a buscar o motorista na cela. Lá, o encontrou sem vida. De acordo com o delegado, não há qualquer testemunha que tenha dito que viu algum ato de violência sendo praticado contra Luís Cláudio. "Todas as pessoas foram ouvidas", garantiu Figueiredo.
O cunhado da vítima, Marcos Eustáquio, 48 anos, foi o segundo a vê-lo na cela. O primeiro a constatar que Luis estava morto foi um escrivão da Polícia Civil. "Quando entrei na cela, tentei dar os primeiros socorros, fazendo massagem cardíaca, mas ele não resistiu", detalhou o cunhado. "Antes de ser detido, ele estava com amigos. Disse apenas que ia para casa descansar. Estava concentrado para uma festa (que aconteceria no dia seguinte à prisão)", afirmou Estáquio à epoca. Segundo a Polícia Civil, o teste de bafômetro da vítima apontou 1,35 miligrama por litro de ar.
O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Eric Seba, destacou o baixo índice de mortes dentro das celas. De 2007 para cá, foram 12 casos e seis tentativas. ;Esse caso é emblemático, tem um apelo muito grande. Queremos apresentar os fatos e apenas a verdade;. De acordo com ele, o inquérito não tem nenhum ponto a ser contestado.
A polícia disse ainda que solicitou um estudo de autópsia psicológica ao Instituto de Psiquiatria Forense da PCDF. ;Fizemos questão de pedir esses estudo, que descartou uma tendência de Luís Cláudio em um quadro de depressão ou tendências suicidas;, disse Zago e explicou que o estudo mostrou ainda que o homem estava sujeito a um ;suicídio por impulso;, ou seja, alguém sem tendências suicidas, mas mesmo assim tira a própria vida. ;Ele tinha acabado de bater o carro da Caixa, iria perder a carteira de habilitação, provavelmente perder o emprego, a situação de vergonha o levou ao fato;, explicou Marcelo zago, justificando que o motorista há 29 anos não sabia fazer outra coisa.
Estudo
A polícia disse ainda que solicitou um estudo de autópsia psicológica ao Instituto de Psiquiatria Forense da PCDF. ;Fizemos questão de pedir esses estudo, que descartou uma tendência de Luís Cláudio em um quadro de depressão ou tendências suicidas;, disse Zago e explicou que o estudo mostrou ainda que o homem estava sujeito a um ;suicídio por impulso;, ou seja, alguém sem tendências suicidas, mas mesmo assim tira a própria vida. ;Ele tinha acabado de bater o carro da Caixa, iria perder a carteira de habilitação, provavelmente perder o emprego, a situação de vergonha o levou ao fato;, explicou Marcelo zago, justificando que o motorista há 29 anos não sabia fazer outra coisa.
Família contesta
Nesta sexta-feira (18/8), a família de Luís Cláudio disse estar indignada com o tratamento que vem recebendo da polícia. "Tento falar com o delegado Marcelo há oito dias e não consigo de jeito nenhum. Estou sendo avisado do que acontece apenas pela imprensa", disse Paulo César Feitoza, primo da vítima e advogado do caso.
Segundo ele, a família protocolou um requerimento com as cópias dos inquéritos e laudo cadavérico. "Eles falam que foi suicídio, mas nós solicitamos as roupas e, nem mesmo a isso, tivemos acesso", queixou-se. Paulo César afirmou ainda que o sentimento da família é de revolta. "É uma blindagem e uma manipulação o que estão fazendo. Ainda esperamos a verdade", concluiu. A família está com um perito particular do Rio de Janeiro cuidando do caso de forma voluntária.