Jornal Correio Braziliense

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Passa de 134 horas o trabalho para retirada de corpo de cisterna

Homem caiu na cisterna no sábado, e seu corpo foi localizado na quinta-feira. Até agra, 166 militares fizeram parte da operação

Já dura mais de 134 horas o trabalho para retirada do corpo de Raimundo Nonato dos Santos, 53 anos, de uma cisterna, em São Sebastião. Ele caiu no local no último sábado (12/8). Na noite de quinta-feira (17/8), após quatro dias de trabalho, os bombeiros conseguiram acessar o corpo, mas ainda não foi possível realizar sua retirada. Isso porque, segundo a corporação, horas após a localização, uma manilha que sustenta a parede da estrutura se deslocou, trazendo junto água em excesso. Até agora, 166 militares fizeram parte da operação.

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O acidente que vitimou Raimundo ocorreu no último sábado (12/8). Desde então, os bombeiros não mediram esforços para o resgate. A primeira dificuldade encontrada foi com relação à profundidade da cisterna, que fica dentro de uma chácara no Morro da Cruz: são 12m. Depois disso, os militares encontraram outros empecilhos no terreno. Foi identificada a possibilidade de desabamentos, também devido à quantidade de água que mina da estrutura.
[SAIBAMAIS]Para chegar próximo à vítima, os bombeiros cavaram por cerca de 11 metros. Foram usadas duas escavadeiras hidráulicas e um trator, cedidos pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Os serviços estão sendo intermediados pela Defesa Civil do DF.

Por volta das 8h desta sexta-feira (18/8), após inúmeras manobras para evitar qualquer tipo de desabamento e também para retirar a água em excesso da estrutura, os bombeiros reiniciaram os trabalhos de escavação. Os militares conseguem visualizar o corpo de Raimundo, mas ainda trabalham para a retirada.

O acidente

No momento do acidente, Raimundo trabalhava na colocação de manilhas na cistena. Ao cair, ele ficou soterrado por dois metros de terra, que caíram das laterais. Segundo os bombeiros, a cisterna está minando muita água. No sábado, a corporação foi ao local para fazer o salvamento da vítima e, após verificar que não era mais possível resgatá-lo com vida, as equipes de salvamento retornaram no domingo e reiniciaram a operação de retirada.



Raimundo já trabalhava no ramo havia oito anos. Ele era natural do Piauí e deixou um filho de 15 anos, que mora no Espírito Santo.