Jornal Correio Braziliense

Cidades

Agente é feita refém durante rebelião em centro socioeducativo de Formosa

A vítima foi feita refém no momento em que servia a refeição dos internos. Procurado, o diretor da unidade preferiu não comentar o assunto


Novas regras

Roberto Conte, do Sindsse/GO, o motivo da rebelião são as novas regras impostas pela direção da unidade. Desde a semana passada, a direção exigiu a presença de ao menos um servidor - homem ou mulher - dentro da ala dos menores. Isso, segundo os internos, tira a privacidade e causa desconforto. Além disso, há uma nova escala de trabalho a ser cumprida pelos funcionários - 12h por 36h - o que, segundo o presidente, também tem estressado os menores. "Esse caso de Formosa não é pontual, é corriqueiro em Goiás. As unidades estão depredadas , as condições de trabalho são péssimas e há descaso das autoridades", afirmou.
[SAIBAMAIS]Depois de cerca de cinco horas de negociações entre os internos, Polícia Militar de Goiás (PMGO) e autoridades da Vara da Infância e Juventude do Estado de Goiás, a situação se acalmou, de acordo com Conte. A reportagem tentou contatar o diretor do Case Formosa que preferiu não comentar sobre o caso. O Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes (Gecria - GO), que responde pela Unidade, ainda não se posicionou sobre a rebelião, assim como a PMGO.