Cidades

Alunos e professores protestam contra a violência em escola de Taguatinga

Na quarta-feira (23/8), uma mãe foi agredida por dois homens que tentavam roubar carros na frente da Escola Classe 42, em Taguatinga; professores pedem maior policiamento e vigilantes para a escola

Hellen Leite
postado em 24/08/2017 15:47
De acordo com professores, só neste ano, quatro pessoas foram assaltadas nos arredores da escola

A insegurança nos arredores da Escola Classe 42, em Taguatinga, levou pais e professores às ruas para um protesto, nesta quinta-feira (24/8). Com cartazes nas mãos, os manifestantes bloquearam a entrada da escola e gritaram palavras de ordem pedindo segurança. Na quarta-feira, a mãe de um dos alunos foi abordada e agredida por dois homens que tentaram roubar um carro na frente da escola. A mulher levou uma coronhada e precisou levada a um hospital.

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Após o assalto, muitas crianças não foram à escola hoje e as que estavam chegando para as aulas ainda demonstravam medo. O olégio suspendeu as aulas do período vespertino. Segundo a professora Beatriz Watrin Rocha Mello, esse não é a primeira situação de medo envolvendo a comunidade escolar. "Só neste ano, que a gente saiba, é a quarta vez que algo assim acontece. Anteontem, duas professoras da escola vizinha foram assaltadas e, na semana anterior, uma outra escola próxima também foi assaltada", conta. Após a manifestação, pais e professores pretendem ir à Regional de Ensino de Taguatinga oficializar o pedido por mais segurança.

[SAIBAMAIS]A escola tem aproximadamente 600 alunos entre 6 e 11 anos, distribuídos em dois turnos, e nenhum vigilante ou porteiro durante o dia. Beatriz conta que, por causa dos assaltos recorrentes, os professores compraram, com recursos próprios, um interfone com câmera e instalaram no portão da instituição.

"Nossa região é bastante insegura, foram muitas ocorrências próximas a nós, por isso tivemos de tomar essa medida. Na semana passada, três pessoas entraram na escola e se esconderam na guarita", conta a professora. Sem porteiro ou vigilante, a própria diretora precisou abordar os indivíduos e pedir para se retirarem. "O que a gente gostaria de deixar bem claro é que estamos prezando por toda a comunidade escolar. Precisamos de um vigilante durante o dia para dar o mínimo de segurança para que a gente possa trabalhar", finaliza a professora.

O assalto


Os responsáveis pelo assalto foram encontrados duas horas após o crime. Eles estavam dentro de um veículo na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga. Os policiais desconfiaram da dupla e fizeram a abordagem. Com eles, foram encontrados um revólver calibre .38 e R$ 1.080 em dinheiro.

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