Cidades

Empresas e governo entram na Justiça com pedido de ilegalidade da greve

Empresas de ônibus dizem que rodoviários não mantiveram 30% da frota circulando e nem avisaram sobre a greve

Adriana Bernardes, Mariana Areias - Especial para o Correio
postado em 28/08/2017 10:24

A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Transit) entrou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pedindo a declaração de ilegalidade da greve dos rodoviários e o retorno imediato às atividades.

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De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, o sindicato dos rodoviários não

notificou as empresas sobre o movimento e nem manteve os 30% da frota circulando, como determina a lei.

[SAIBAMAIS]Ainda de acordo com a assessoria da Transit, as empresas já concederam reajuste para a categoria de 4% em julho passado e continuava a negociação ao ser surpreendida pela paralisação. A última oferta teria sido 4,5% reajuste no salário, 5% no tíquete alimentação, 6% na cesta básica e 12% no plano de saúde e 12% no Plano odontológico.

O secretário de Mobilidade do Distrito Federal, Fábio Ney Damasceno, considera a paralisação precipitada, inadmissível e descabida além de não seguir os procedimentos previstos na lei de greve (7.783 de junho de 1989). "A população é diretamente prejudicada e não pode pagar por uma frustração dos rodoviários em função de um pedido de reajuste salarial que não condiz com a realidade econômica do DF", apontou Damasceno explicando, ainda, que o que a classe reivindica é um ganho real acima da inflação.

Segundo o secretário, o governo entrou na justiça para garantir a manutenção do serviço público que é direito da população previsto na Constituição Federal. "Pedimos aos rodoviários que voltem ao trabalho o mais rápido possível", reforça.

Sem resposta

Desde às 6h, a reportagem do Correio tenta contato com representantes dos sindicato dos rodoviários, mas ninguém atende. Uma equipe esteve em uma garagem de Ceilândia e, apesar de haver representantes do sindicato no local, eles não quiseram dar entrevista. O espaço continua aberto para a classe se manifestar quanto à ilegalidade apontada pelo governo.

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