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Ônibus voltam a circular, mas passageiros reclamam de atrasos

Após 24 horas de greve, cenário no Distrito Federal deixa de ser caótico. Essa foi a sexta greve da categoria em menos de quatro meses


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O mestre de obras Francisco das Chagas, 52 anos, relatou os problemas para conseguir pegar o ônibus, um dia após a paralisação. Ele chegou à Rodoviária do Plano Piloto por volta das 6h30, mas até as 8h não tinha conseguido nenhum transporte para ir para Brazlândia. "Eles estão demorando demais. A greve atrapalhou a vida de todo mundo, podiam ter avisado antes", contou.
[SAIBAMAIS]Já para o auxiliar de serviços gerais, Carlos Antônio de Sena, 29 anos, a boa notícia é que tudo está, aos poucos, voltando à normalidade. "Graças a Deus que os ônibus voltaram. Ontem eu tive que voltar para casa porque preferi não pegar um transporte pirata, que eu não confio", contou. Ele, que mora em Ceilândia, não conseguiu chegar até a Rodoviária do Plano Piloto no dia da greve. "Só prejudica a população, e é ruim porque o patrão não entende. A gente fica refém de um transporte que não sabe se vai funcionar ou não", afirmou.
Nas paradas de ônibus do Guará II, a mesma situação: os coletivos circulam, mas com atrasos. Na opinião da professora Marta Silva dos Santos, 41 anos, as paradas já estão menos cheias do que ontem. Para conseguir contornar a greve, a salvação foi usar o metrô. "É uma falta de respeito. Quem tem carro, não é tão prejudicado, mas quem não, se vira", afirmou.