Cidades

Sequestro do Conic: acusada irá a julgamento em 22 de setembro

Advogado da mulher acusada de sequestrar um bebê no Conic diz que cliente teve "surto psicótico" e espera que ela cumpra pena em regime semiaberto

Roberta Belyse - Especial para o Correio
postado em 02/09/2017 15:42
Passados quase cem dias após a prisão de Cevilha Moreira dos Santos, acusada de raptar um bebê de três meses em uma agência de emprego no Conic, a Justiça do Distrito Federal agendou para 22 de setembro o início do julgamento. A acusada responde por subtração de incapaz e está presa na Penitenciária Feminina, conhecida como Colméia, desde junho deste ano.
O advogado de Cevilha, Gilson dos Santos disse que a mulher se arrepende do que fez. Ele alega que a sua cliente teve um "surto psicótico" no momento em que levou o bebê. "Não solicitei ainda novos laudos para comprovar o transtorno psicológico porque aguardo a instrução processual. Mas, espero que ela pegue, no máximo, três anos de reclusão;, disse. Segundo o advogado, caso a Justiça acate a tese, a pena poderá ser cumprida em regime semiaberto.
Cevilha chegou a ficar presa na cadeia pública de Planaltina de Goiás e o processo tramitava no estado. No entanto, o caso veio para Brasília porque o crime foi cometido na capital. A mulher foi denunciada pelo Ministério Público do DF há um mês, em 3 de agosto.

O sequestro

Em 29 de junho, Cevilha Moreira foi filmada pelas câmeras de segurança de um prédio onde funcionava uma clínica de exames admissionais, no Conic. A mãe da criança, Arlete Bastos da Silva, deixou a filha aos cuidados da acusada enquanto era atendida. Ela contou à polícia que, quando voltou para buscar a menina, não viu mais a mulher nem a criança. A sequestradora era conhecida da família da bebê e havia prometido emprego para Arlete.

A sequestradora foi localizada por policiais militares de Goiás em Planaltina (GO), cidade distante 60km do Plano Piloto, e presa sete horas após o rapto. Os policiais também encontraram com Cevilha uma Certidão de Nascimento, na qual ela registrou a menina como filha. O documento, segundo a polícia, reforça a premeditação do crime.

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