;Era uma festa fechada, só pessoas convidadas entravam. Minha filha insistiu para o motorista tirar uma foto. Ela dizia: ;Quero tirar uma foto! Preciso tirar uma foto!’. Ela fez mais que certo. Nós, mulheres, não podemos ficar caladas;, contou Celina Leão. A organização da festa Na Praia informou que não teve conhecimento da confusão no local.
De acordo com o depoimento de Bruna na delegacia, o suspeito ainda proferiu ofensas contra as jovens. Apesar do ataque, nenhuma delas ficou gravemente lesionada. A Polícia Civil investiga o crime.
Revolta e justiça
Celina Leão, que é procuradora Especial da Mulher na Câmara Legislativa, pede por justiça. Em conversa com o Correio, desabafou que o caso de sua filha só lhe dará mais força para continuar com os trabalhos de redução da violência contra à mulher. ;Para qualquer mãe que passa por isso é ruim. Quando ouvi minha filha chorando pelo telefone, só pensei em sair correndo de casa e encontrá-la;, relatou.Celina também apontou que as delegacias precisam de um atendimento especial e de funcionários treinados o para conseguirem lidar com esse tipo de situação. ;Brigo por um tema que aconteceu comigo. A violência contra a mulher não escolhe pessoas, muito menos classe. É uma questão cultural e isso precisamos vencer;, opinou.