O julgamento das duas mulheres acusadas de encomendar a morte do tenente-coronel do Exército Sérgio Murillo de Almeida, em maio de 2015, continuará até terça-feira (12/9). Desde o ínicio da manhã desta segunda-feira (11/9), o Tribunal do Júri de São Sebastião ouve os depoimentos de testemunhas do caso.
Cristiana Maria Pereira Osório Cerqueira e Cláudia Maria Pereira Osório eram, respectivamente, esposa e cunhada da vítima. As duas respondem por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa da vítima, pelo uso de arma de fogo e restrição de liberdade.
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[SAIBAMAIS]O julgamento começou por volta das 11h. Segundo informações do Tribunal de Justiça do DF, até as 18h, das seis testemunhas convocadas para prestar depoimento, cinco haviam sido interrogadas. Ao longo da sessão, uma das acusadas passou mal e precisou de atendimento médico. Por isso, a decisão só deve sair na terça-feira. O julgamento será retomado às 8h.
Outros acusados
Em setembro passado, o processo sobre a morte do oficial foi desmembrado em relação a outros quatro acusados de executar o crime. Em fevereiro deste ano, eles foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri de São Sebastião, pelos crimes de homicídio e furto qualificado, pelo fato de terem substraído o carro e outros objetos da vítima.
O caso
O crime foi registrado em maio de 2015. O tenente-coronel foi morto após uma simulação de sequestro relâmpago. Sérgio Cerqueira e a mulher visitavam um casal de amigos na residencial da 208 Norte quando foram abordados por quatro bandidos. O grupo colocou o militar no carro e arrancou. A mulher dele ficou para trás e teria pedido socorro no edifício. Cinco horas após o sequestro, o corpo de Sérgio Cerqueira foi encontrado no Núcleo Rural Agulhinha, em São Sebastião.
No mesmo dia, a Polícia Militar prendeu um adulto e apreendeu um adolescente. Os dois, que eram receptadores do carro roubado, passaram informações sobre os outros criminosos. Em seguida, a Polícia Civil localizou os quatro suspeitos, que foram encaminhados à Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS). Doze horas após o tenente-coronel do Exército ser morto com um tiro na cabeça, Cristina Osório Cerqueira lamentou nas redes sociais a morte do marido. Pouco tempo depois, no entanto, ela foi presa com a irmã, ambas acusadas de terem tramado a morte do oficial.