Mayara Subtil - Especial para o Correio
postado em 12/09/2017 21:45
Morreu, aos 64 anos, o artesão Samuel Barros Magalhães. Lembrado por parentes como alguém que não abandonava o sorriso, mesmo em momentos difíceis, era cativante e muito companheiro. Filho de Waldemar Magalhães, um dos responsáveis pela criação do Núcleo Bandeirante, Samuel era conhecido como o ;doutor da arte e da poesia; por quem o rodeava, já que dedicou mais de 30 anos de vida ao artesanato.
Samuel lutava, há cerca de três anos, contra um câncer no reto, e, na noite da última segunda-feira (11/9), não resistiu às complicações da doença. Ele estava internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) há um mês. O velório começou às 13h de ontem, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa sul, e seguiu para enterro às 17h30.
Só na Torre de TV, trabalhou mais de 40 anos com a família. Abriu uma banca de artesanatos e, após a descoberta do câncer, dedicou o tempo que lhe restava para a poesia. Assim que precisou ser internado pela última vez, não deixou o caderno nem a caneta de lado.
;Ele apenas ouviu sobre o que tinha e pronto. Não ficou triste com isso, apesar de saber da gravidade. Até levava o material para escrever no hospital. Era o combustível de vida dele;, conta o irmão mais novo, Renato Magalhães. Samuel estava entre os mais velhos de 12 irmãos. Nasceu em Goiânia, mas os pais se mudaram para Brasília quando ele tinha quatro anos. Morava sozinho em Taguatinga Sul e era viúvo. Deixa quatro filhos, cinco netos e um bisneto.