Cidades

Checklist: ônibus de empresas envolvidas podem deixar de circular

Veículos de cooperativas envolvidas apresentavam problemas como travamento na rampa de acesso a cadeirantes. Servidores recebiam até R$ 100 mil em propinas

Deborah Novais - Especial para o Correio
postado em 05/10/2017 12:09
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Cerca de 40 ônibus das empresas envolvidas no esquema de corrupção desmantelado pela segunda fase da Operação Checklist podem deixar de circular. De acordo com o delegado Virgílio Agnaldo Ozelami, da Delegacia Especial de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), os veículos eram liberados mesmo com problemas na rampa de acesso a cadeirantes e vazamento de óleo. Quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (5/10) acusadas de fazer parte da quadrilha.

[SAIBAMAIS]As investigações apontam que servidores da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa) cobravam propina das duas cooperativas cujos veículos fazem vistoria na rodoviária do Gama. Os valores variavam de R$ 35 a R$ 800 por liberação. Os funcionários das cooperativas envolvidos no esquema chegavam a receber R$ 100 mil por mês em propina.
;Além das greves que têm ocorrido, a população ainda sofre com os riscos dos ônibus liberados em mau estado;, afirmou o delegado Ozelami. Ele e representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) interrogaram os detidos e mais um despachante de uma das cooperativas envolvidas, que compareceu à delegacia levado em condução coercitiva.

Entre os presos, está a presidente de uma das duas cooperativas acusadas de integrar o esquema, Marlene Francisca Alves Chagas. Segundo a investigação, a propina continuava a ser paga em outros terminais mesmo depois de a Polícia Civil ter deflagrado a primeira fase da operação, em 1; de setembro.

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