postado em 14/10/2017 14:51
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A Justiça manteve, na madrugada deste sábado (14/10), a prisão de Pedro Jorge Brasil e Cláudio Marcello Oliveira Pinho, dois funcionários públicos acusados de cobrarem propina para liberar ônibus na Rodoviária do Gama durante as vistorias. Os dois servidores da Secretaria de Mobilidade (Semob) estão presos desde 5 de outubro, quando a Delegacia Especial de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) deflagrou a segunda fase da Operação Check List.
[SAIBAMAIS]A presidente de uma das cooperativas envolvidas no esquema, a Cootarde, Marlene Francisca Alves Chagas, e um funcionário das empresas não tiveram a prisão temporária convertida em preventiva e devem ser soltos até a manhã deste domingo (15), segundo informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Investigações da Decap apontam que ambos os servidores recebiam em torno de R$ 100 mil em propina por ano. Eles cobravam entre R$ 35 e R$ 800 para liberar veículos avariados de cooperativas de ônibus que circulam pelo Distrito Federal. Os pagamentos eram feitos de dentro da Rodoviária do Gama. De acordo com investigadores, a prática se tornou tão comum que muitos funcionários de empresas pensavam se tratar de cobrança rotineira.
Ainda de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, os auditores liberavam ônibus com estragos no elevador para cadeirantes, problemas tanque de óleo e vidros quebrados. No dia da operação, o delegado Virgílio Agnaldo Ozelami, da Decap, afirmou que não descarta a hipótese de interromper a circulação dos 40 veículos das cooperativas.