Cidades

Prata da Casa: Paulla e Paolla, as damas do 'feminejo' brasiliense

Donas de duas vozes fortes e imponentes, essas duas cantoras são feministas, defendem o espaço das mulheres no sertanejo e deixam muito marmanjo no chinelo

Letícia Cotta*
postado em 20/10/2017 09:00
Duas vozes fortes e contagiantes. Essas são Paulla e Paolla, uma dupla sertaneja com DNA brasiliense, que esbanja simpatia e se importa com a mensagem que passa, com dois únicos objetivos: entreter e conscientizar. "Quando eu subo no palco eu penso ;nossa, vou ser outra pessoa;", conta Paulla Rodrigues.
[SAIBAMAIS] Paulla e Paolla cantam desde pequenas. Uma começou a se aventurar em casa, junto da mãe. "Eu canto sertanejo há muito tempo, já deve ter uns 15 anos mais ou menos", diz Paulla Rodrigues. Já a outra, começou na igreja. "Eu me identifiquei com o sertanejo e cantava com um parceiro. Não éramos uma dupla, mas a gente se ajudava, cantando em bares e festas;, compartilha Paolla Mesquita.
Há seis meses, elas decidiram formar a dupla, que, hoje, não fica apenas nos palcos. Amigas íntimas, lançam ainda neste semestre o videoclipe da música Roupa Velha.

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Paulla e Paolla formam o que é chamado hoje de ;Feminejo;. "Antigamente as mulheres não tinham esse espaço todo e hoje, graças a Deus, as mulheres estão vindo com toda essa força", comemora Paulla.
Apesar de toda essa ginga, a cantora diz, ainda, que não é todo mundo que concordam com isso. "Às vezes alguns homens ficam meio bravos. Lá no fundo do show fazem assim (cruza os braços e balança a cabeça negativamente). Aí a gente fala que dessa vez a gente tem voz, que as mulheres estão no poder mesmo", ri a cantora Paulla, que garnate: não há distinção de gênero em seu show.
Quanto à mensagem que transmitem, Paulla se mostra preocupada com as mulheres que frequentam seus shows. "A gente chega e tenta passar essa mensagem. Para as mulheres serem mais independentes mesmo, para chegar e falar mesmo", incentiva Paulla. Já sobre o mercado em que estão inseridas, a dupla reconhece os desafios. "O mercado não é fácil, acho que a gente teve uma porta muito maior quando encontrou pessoas que acreditaram no nosso projeto. Sozinha, a gente não chega em lugar nenhum;, diz Paulla Rodrigues.

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*Estagiária supervisionada por Anderson Costolli

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