Deborah Fortuna, Álef Calado - Especial para o Correio, Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 02/11/2017 13:33
O Dia dos Finados é uma das datas mais esperadas do ano para comerciantes que vendem flores. Nas proximidades dos seis cemitérios do Distrito Federal, ambulantes chegaram a dormir no local para garantir os melhores postos na busca pelos clientes. Segundo eles, é necessário pagar uma taxa aos cemitérios para atuar na região, mas garantem que saem no lucro vendendo produtos que variam de R$ 1 a R$ 50.
[SAIBAMAIS]No Campo da Esperança, na Asa Sul, os ambulantes destacaram a melhora nas vendas. A comerciante Edilene Rosa Marinho, 33 anos, chegou no Campo da Esperança às 23h da quarta-feira (1/11) e só sairá de lá quando o cemitério fechar, às 19h desta quinta-feira (2/11). "A gente dorme aqui na frente porque se não perde o ponto. Nós não costumamos ficar aqui no dia a dia, mas nos finados sempre viemos", disse.
A comerciante fabrica e monta flores artificiais para vender na porta de cemitérios, aniversários e casamentos. Em uma banca, ela e o filho chamam a clientela. "O que mais vende são as coroas de flores, arranjos, rosas brancas. Ano passado, foi muito devagar. Mas esse ano, tá indo muito bem", contou sendo interrompida por um cliente, que acabou levando uma coroa por R$10.
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) esteve no local para impedir o comércio irregular, mas no momento que a reportagem esteve na região, não flagrou atuações do órgão.
Em Taguatinga, quem não teve tempo de levar flores e velas de casa teve diversas opções nas proximidades do Cemitério São Francisco de Assis. Uma das barracas é a do borracheiro Adriano Barbosa, 30, que afirma que todo ano fatura vendendo flores e coroas no local. "O movimento está melhor do que o do ano passado. Espero vender todo o estoque, mas o que sobrar pode ser reutilizado ou guardado para o ano que vem;, afirmou.