Fernando Jordão
postado em 02/11/2017 18:36
Um levantamento desenvolvido pelo Fórum de Segurança Pública apontou que o consumo e o tráfico de drogas são as principais barreiras a serem superadas para melhorar a segurança nas escolas do Distrito Federal. De acordo com o 11; Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado esta semana, 20,8% dos diretores e professores informaram ter visto alunos frequentarem a escola sob efeito de drogas ilícitas. Os dados foram extraídos da Avaliação Nacional de Rendimento Escolar, a Prova Brasil.
Esse número é o maior do país. São Paulo aparece em segundo lugar no ranking nacional, com 17,5% docentes que presenciaram alunos frequentando as aulas sob efeito de entorpecentes. Goiás ; que inclui algumas cidades do Entorno do DF ;, fica em terceiro lugar, com 17,2%.
O estudo mostrou, ainda, um descontentamento dos professores em relação à baixa presença policial para conter o tráfico. Para 50,4% dos avaliadores da Prova Brasil, o esquema de policiamento para inibir a venda de drogas dentro das escolas é ruim ou inexistente. Outros 26,9% consideram o esquema regular.
Do lado de fora dos colégios, o cenário é ainda pior, segundo a avaliação dos docentes. O policiamento para inibir o tráfico nos arredores das escolas é ruim ou inexistente para 58,9% dos entrevistados. Outros 19,7% consideram o efetivo regular.
A Secretaria de Educação do DF informou que está realizando uma pesquisa própria ; junto com a Secretaria de Segurança ;, cujos resultados serão comparados com o do anuário. A pasta adianta, contudo, que vai desenvolver o programa Viva Brasília nas escolas, que tem como objetivo desenvolver ações voltadas para os direitos humanos dentro das unidades de ensino. As primeiras ações do projeto já estariam sendo desenvolvidas no Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Itapoã.
Sobre o problema específico das drogas, a Secretaria afirma que as equipes de gestores são orientadas a não admitir o consumo dentro dos colégios. Fora deles, contudo, a ação da escola é limitada. ;Você não tem como controlar o que o estudante faz fora da escola. É aí que entra a questão do policiamento. O que a escola pode fazer é tentar identificar e resolver o problema de forma menos traumática, com apoio da família e de entidades como o Conselho Tutelar, para não aumentar ou provocar outros tipos de violência;, explica o subsecretário de Educação Básica, Daniel Crepaldi