Cidades

Homem usava poço artesiano irregular para abastecer tanque de peixes

A captação irregular vinha de um poço artesiano que fica em uma chácara na Colônia Agrícola Governador, em Águas Claras. Ação é enquadrada como crime ambiental

Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 04/11/2017 11:13
O tanque de peixes é abastecido por uma captação irregular em um poço artesiano
Em meio à crise hídrica, policiais militares do Grupo Tático Ambiental (GTA) localizaram uma chácara com um tanque de criação de peixes abastecido por água de captação irregular. A ação ocorreu na sexta-feira (3/11) a partir de uma denúncia anônima. O proprietário da residência ainda não foi encontrado e pode responder por crime ambiental.

[SAIBAMAIS]A água vinha de um poço artesiano, localizado dentro da propriedade, na Colônia Agrícola Governador, em Águas Claras. Lá os policiais encontraram apenas o jardineiro, que informou que o proprietário da residência estava viajando. Ele foi conduzido para a 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), que apura o caso de crime contra a flora.
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) fiscaliza e concede outorgas para captação de água bruta, como as feitas em poços artesianos. O documento especifica a quantidade do recurso que pode ser retirado. Caso a captação seja desenfreada, existem riscos de afetar lençóis freáticos e com isso até secar rios e córregos próximos ao ponto onde a ação irregular ocorreu.
Furar poço artesiano sem autorização é infração ambiental. A multa para reincidentes pode chegar a R$ 10 mil. Caso haja risco de poluição de lençóis freáticos ou nascentes, a infração se torna crime, cuja pena chega a seis meses de detenção.

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