Cidades

Quase 19 mil pessoas moram em áreas de risco no DF, segundo Defesa Civil

Levantamento revela que há 4.733 residências localizadas em áreas que apresentam algum perigo na época de chuvas

Thiago Soares
postado em 13/11/2017 12:53

Vicente Pires é apontada como uma das áreas de risco do Distrito Federal. Cenas de lamas nas ruas são comuns após chuvas

Com a chegada de chuvas mais intensas, a Defesa Civil divulgou levantamento das áreas de risco no Distrito Federal. O mapa revela que, atualmente, existem 36 locais de risco, distribuídos em 18 regiões administrativas. Segundo o documento, em toda a capital, há 4.733 residências em localidades que apresentam algum risco aos moradores nesta época de precipitações. O órgão calcula uma média de quatro pessoas por unidade habitacional, o que resulta em aproximidamente 19 mil pessoas sob ameaça.



O levantamento foi divulgado nesta manhã de segunda-feira (13/11). Entre os locais com maior número de residências em área de risco está a Chacará Santa Luzia, na Cidade Estrutural. Ali, a falta de infraestrutura de escoamento de água e a precariedade das edificações fazem com que os moradores fiquem preocupados nos dias de chuva.

"Toda essa localidade é uma área de risco. A região é uma espécie de bacia para a qual a água corre. As moradias são precárias e, com isso, há risco de choque elétrico e destelhamento, entre outros", detalha o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Sérgio Bezerra.

[SAIBAMAIS]Outra área em que os moradores devem ficar atentos é Vicente Pires. O mapa aponta quase toda a região em uma situação de risco. No lugar, a população sofre frequentemente com lamaçal nas ruas, como visto no temporal da última quarta-feira (8/11). No levantamento feito pela Defesa Civil, também aparecem Fercal; Condomínio Porto Rico, em Santa Maria; Arniqueiras; Vila Rabelo e Vila Cauhy.

O mapa de risco é desenvolvido pela Defesa Civil desde 2015 e, a cada ano, 25% das localidades do DF são atualizadas. A previsão, segundo o órgão, é de que até o fim de 2019, o levantamento esteja completo. "Por enquanto, não há um risco iminente de desastre em função de desabamento de estrutura. É importante que as pessoas estejam atentas às mudanças climáticas, principalmente com relação às chuvas fortes. Elas devem observar os riscos que as suas residências apresentam, observando trincas, fissuras, rachaduras, e comunicar a Defesa Civil", orienta Bezerra.

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