Jornal Correio Braziliense

Cidades

Metroviários descumprem liminar e pedem que o judiciário reconsidere

TRT-10 determinou que o Metrô funcione com 90% da frota em horário de pico e 60% em tempo normal, o que não está sendo cumprido. Greve continua nesta terça

[SAIBAMAIS] Na falta de acordo, quem acaba se prejudicando são os usuários frequentes do transporte. Um deles é o publicitário Hugo Santos, 36 anos, que seguia do Guará até a Rodoviária, nesta segunda. Ele relatou que, nos últimos dias, tem sido chamado para conversar com a chefia por conta de atrasos no trabalho. O motivo são os atrasos de até uma hora para chegar ao serviço. ;Faço o possível: pego carro emprestado, Uber, mas não adianta muito. Também fui assaltado na sexta passada dentro do ônibus, isso no mesmo horário que eu pego o metrô. Acho o transporte muito mais seguro ;, explicou o publicitário.
A rotina do casal Rafael Soares, 28, e Aline Cavalcanti, 20, precisou ser repensada por causa da greve. Moradores de Taguatinga, eles relatam que precisam pegar dois ônibus a mais para chegar ao Plano Piloto. ;Se nós pegarmos um ônibus direto, vamos ficar uma hora a mais esperando na parada de ônibus, o que é perda de tempo. Nem nos avisam sobre essas mudanças, se funciona ou não;, lamentou a maquiadora.

Prejuízo

De acordo com o Metrô, o impacto maior para a estatal está no lado financeiro, de cerca de R$ 250 mil por dia. Além disso, estima-se que 160 mil pessoas são prejudicadas diariamente, principalmente os usuários que precisam do transporte em horário de pico.