Ao menos 1,5 mil terceirizados responsáveis pela limpeza de unidades de saúde do Distrito Federal paralisaram as atividades em protesto ao atraso no pagamento, referente à outubro. De acordo com o Sindicato dos Empregados em empresas de conservação e serviços terceirizados (SindiServiços), todos os hospitais da rede pública, com exceção do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e Hospital de Apoio, estão com o serviço suspenso. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta segunda-feira (13/11).
Segundo a secretária-geral do SindiServiços, Andréa Cristina da Silva, os atrasos são referentes ao contrato de prestação de serviços da Secretaria de Saúde com as empresas Ipanema e Dinâmica. "Era para os trabalhadores terem recebido até o quinto dia útil e até agora não caiu nada nas contas bancárias. E também não existe nenhuma previsão para o pagamento ser feito", detalha.
Os trabalhadores da Ipanema suspenderam as atividades ainda na tarde de segunda-feira (13/11). Os empregados da Dinâmica optaram por cruzar os braços nesta terça-feira (14/11) - os únicos da empresa que ainda não aderiram ao movimento foram aqueles que fazem a limpeza do Hospital de Apoio. "Não é a primeira vez que há atrasos. De janeiro a julho deste ano, foram freguentes. A categoria somente vai voltar com o pagamento", afirma Andréa.
[SAIBAMAIS]O Sindicato informou também que apesar da paralisação manteve o efetivo de 30% dos trabalhadores priorizando a limpeza das áreas prioritárias e de emergências das unidades de saúde. A paralisação afeta os Hospitais Regional da Asa Norte (HRAN), Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional de Samambaia (HRSAM), Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), dentre outros.
Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde afirmou que está unindo esforços para quinta a divída e que aguarda um orçamento para realizar o pagamento. "A previsão é que o pagamento seja realizado até o fim da semana. A pasta ressalta que os atendimentos nas unidades de saúde não serão prejudicados, uma vez que o efetivo mínimo de 30% dos funcionários estão trabalhando". destaca o texto.
Cozinheiras
Mais de 1,6 mil cozinheiras que prestam serviços em escolas públicas de nove regionais de ensino do DF também estão com os salários atrasados. Nesse caso, o atraso é referente a empresa GIE. "A categoria ainda não entrou de greve, mas está com indicativo de paralisação para a próxima quinta-feira (16/11)", antecipou Andréa Silva.
Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Educação respondeu que o pagamento das empresas contratadas está regular. "Cabe destacar que compete às empresas garantir o repasse dos salários e demais encargos trabalhistas dos funcionários, bem como discutir as possíveis paralisações com os funcionários", explicou o órgão.