Ricardo Faria - Especial para o Correio
postado em 16/11/2017 10:06
Um ato ecumênico em homenagem a Raphaella Noviski Romano, 16 anos, na manhã desta quinta-feira (16/10), marca a volta das atividades no colégio Estadual 13 de Maio, em Alexânia. A jovem foi assassinada com 11 tiros por Misael Pereira Olair, na semana passada, enquanto assistia a uma aula. Cerca de 300 pessoas acompanham a celebração.
Emocionada, a diretora da unidade, Luciana Carvalho, informou que as aulas voltam normalmente após o ato. "Aos poucos, a rotina será retomada. Fizemos a troca de sala para amenizar um pouco o trauma dos alunos", explicou.
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[SAIBAMAIS]Vários cartazes com pedidos de justiça, paz e fim à impunidade foram confeccionados por familiares e amigos de Raphaella Noviski. "É uma forma de protestar silenciosamente. Estes dias têm sido muito tristes", disse um colega de turma de Raphaella.
Uma servidora da escola precisou abrir a sala onde a jovem foi assassinada. Abalada, a mulher mal conseguia segurar as chaves. "É a primeira vez (depois do crime) que chego perto da sala. É difícil demais", disse.
Emocionada, Francisca Cláudia Fernandesa, tia de Raphaella, voltou pela primeira vez ao local onde viu a sobrinha morta. "É muito difícil estar aqui. Eu a vi caída", disse, apontando o canto da sala onde a estudante morreu. E desbafou. "Os (ativistas de) direitos humanos não perderam tempo e vieram ver como o Misael estava. Mas e a minha família, que foi destruída? Como fica?", questionou.
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Presente ao ato, o prefeito de Alexânia, Alysson Silva Lima (PPS), disse que solicitou ao governo de Goiás um convênio em segurança pública. "Esperamos que, com a chegada dos novo policiais que estão se formando aqui, possamos instalar a patrulha escolar", disse.