Walder Galvão*
postado em 17/11/2017 06:00
Quase duas toneladas de queijo transportadas sem refrigeração foram apreendidas na tarde de ontem, na DF-001, por fiscais da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF). A suspeita é de que o produto vinha de Minas Gerais para ser comercializado na capital.
O gerente de fiscalização da Seagri, Fábio Azevedo, relata que os agentes desconfiaram do veículo, que circulava próximo ao Recanto das Emas. ;No momento da abordagem, identificamos que o caminhão, de porte pequeno, não estava equipado para transportar alimentos;, diz. De acordo com ele, o veículo não tinha refrigeração nem limpeza adequadas.
No total, os agentes apreenderam 1.900kg de queijo minas e de queijo ralado. No veículo estava o motorista e o ajudante. Os transportadores ilegais não revelaram a origem do produto, mas os agentes constataram que, a partir do endereço deles, o queijo vinha de Minas Gerais. Ambos assinaram termo de medida administrativa e foram liberados em seguida. Eles responderão a processo e podem pagar multa.
825 quilos
Total de queijo recolhido em outra apreensão na BR-040
De acordo com Fábio, o queijo será inutilizado. ;Geralmente quando o alimento não serve mais para consumo humano, destinamos para alimentação animal ou graxaria. Porém, ainda precisamos realizar uma análise;, explica. O fiscal ressalta que, para realizar o transporte de alimentos de origem animal e vegetal, é necessário ter registro sanitário e um veículo adequado, como os refrigerados.
O transporte ilegal de alimentos não é raro nas rodovias que cortam o Distrito Federal. De acordo com Fábio, o número de apreensões é comum, até mesmo dentro das regiões administrativas do DF. ;Nossa equipe realiza rondas e blitzes frequentes. Os suspeitos tentam burlar nossos esquemas fazendo o transporte por áreas rurais;, comenta. Em setembro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 825kg de queijo, na BR-040, em Luziânia (GO). O alimento também era transportado sem refrigeração.
* Estagiário sob a supervisão de Margareth Lourenço ( Especial para o Correio)