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Prata da Casa: conheça a banda brasiliense Social Samba Rock

Social Samba Rock apresenta no DF o estilo que consagrou nomes da música brasileira como Tim Maia e Jorge Ben Jor

Hellen Resende*
postado em 17/11/2017 13:37
A Social Samba Rock quer transmitir nos palcos a valorização da música

Eles começaram em 2014 com apenas três integrantes e foram crescendo ao som que une a malemolência do samba e a atitude do rock. O nome já diz tudo: os atuais 10 integrantes formam a banda brasiliense Social Samba Rock. Nascida na capital federal, mas composta por músicos de vários lugares e bagagens culturais, a banda traz do Rio e de São Paulo as maiores referências no estilo.

Os precursores Bruno Vidal, 40, e Márcio Nascimento, 43, tocavam em outros grupos, mas acabaram decidindo fazer "uma coisa deles". O samba já estava na veia e, como o rock and roll é a cara de Brasília, optaram pelo samba rock, sucesso nas vozes dos consagrados Tim Maia, Simonal e Jorge Ben Jor. Inspirados por esses nomes, reuniram músicos no que dizem ser um projeto "sempre em construção". Ivert Evina, 32, é vocalista e entrou no grupo neste ano, trazendo para o conjunto o amor pela soul music e a experiência em uma banda de jazz.

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"A motivação para estar no palco é fazer valer a afinidade com a música, que é a nossa vida", conta um dos vocalistas. Assim como ele, os outros integrantes tentam colocar em palavras a paixão pelo conjunto, mas chegam à conclusão que é um amor que não se explica. Como Sá Marina, personagem da música de Wilson Simonal, eles tem um "jeitinho faceiro" que faz o povo cantar. E dançar também.

A banda também marca presença em casamentos e os noivos sempre pedem grandes sucessos da música brasileira, como Que beleza, de Tim Maia, Mais que nada, de Jorge Ben, e Olhos Coloridos, de Sandra de Sá. Eles incluem no repertório pitadas de soul e MPB, com canções de Chico Buarque e Roberto Carlos. Dois dos integrantes da Social Samba Rock são compositores e estão trabalhando em músicas autorais.

Inspiração


Os integrantes Bruno e Márcio buscaram inspiração para a música na Escola Parque, onde estudaram, e as famílias foram fundamentais no gosto pelos instrumentos. "A minha família é de músicos e faltava um baixista. Assumi a responsabilidade", lembra Márcio. Argemir Oliveira, 51, é o saxofonista da Social. Ele trabalhava como analista de sistemas, deixou a profissão para se dedicar à música, onde aprendeu em um conservatório de São Paulo, e já fez parte da banda da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Social Samba Rock quer transmitir nos palcos a valorização da música. Três integrantes tiveram formação na escola e sabem do valor da arte em suas vidas. A banda enfrenta dificuldades para se apresentar em Brasília mas, diante dos desafios, não desiste do sonho. "Até o espaço livre para a cultura é muito fechado", lamenta Márcio. Apesar das dificuldades, 2017 foi um ano esperial para os músicos, já que uma cervejaria abraçou o projeto Social Samba Rock. "É interessante para a música da cidade, porque há poucos grupos de samba rock em Brasília".

A banda, que pretende gravar um disco, apresenta-se uma vez por mês na cervejaria Criolina, no Guará, e também marca presença na internet.

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*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.

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