O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) acatou integralmente a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e Lucas Albo de Oliveira se tornou réu por homicídio triplamente qualificado. Agora, o acusado será julgado pelo júri popular, mas a data ainda não foi marcada.
[SAIBAMAIS]Yago foi assassinado em 2 de julho, durante uma festa no Conic, após uma briga com Lucas. Em um documento oficial, divulgado na ultima terça-feira (14/11), o juiz afirma que o réu "demonstrou periculosidade, atingindo intensamente a paz social de toda uma comunidade". "Em liberdade, portanto, é uma ameaça à ordem pública", continua o texto. Lucas confessou o crime à polícia e disse que não tinha a intenção de matar a vítima, apenas "dar um susto".
O advogado de acusação, Rodrigo Vicente, explica que a primeira fase do processo é para avaliar se o crime deve ser julgado em um júri popular. "Os requisitos para essa decisão são: se há crime contra a vida e se há indícios de autoria por parte do réu", diz. A acusação afirma ainda que há provas irrefutáveis de que o réu é culpado do crime. A defesa deve recorrer para que Lucas não vá a júri popular.
O Correio tentou contato com a defesa do acusado, mas, até a última atualização desta reportagem, ninguém havia atendido os telefonemas no escritório de advocacia.
Entenda o caso
O crime aconteceu na madrugada de 2 de julho, por volta das 5h30. Testemunhas afirmam que o assassino teria agredido a ex-namorada, Marcela Martinelli Brandã, dentro de uma festa, e Yago teria defendido a moça. Enquanto mandava mensagens para Marcela, Lucas aguardava por Yago do lado de fora da festa, no corredor frontal do Conic.
Assim que o DJ deixou o local, levou dois tiros. No momento, ele estava de mãos dadas com a então namorada, Bárbara Rodrigues. Câmeras de segurança do prédio gravaram a tocaia e o momento do assassinato.
O acusado foi transferido para a Papuda em 7 de julho e foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ameaça e injúria. Se condenado, Lucas pode pegar de 15 a 30 anos de prisão.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer