Cidades

TRT reduz número mínimo de trens para funcionamento do Metrô

Sem acordo em mais uma audiência de conciliação, metroviários decidem manter a greve. Diante do cenário, TRT fixou novos percentuais para o funcionamento

Bruna Lima - Especial para o Correio, Renata Nagashima*
postado em 22/11/2017 20:12
Trens estão completamente parados e a greve não tem previsão para terminar
Não poder contar com o funcionamento normal do Metrô já está virando rotina para os brasilienses. Uma nova reunião no TRT-10 com cada uma das partes, realizada nesta quarta-feira (22/11), não produziu os resultados esperados e a greve da categoria continua. Em coletiva, o Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô) afirmou que o fim das paralisações só vai acontecer se a empresa apresentar uma contraproposta. A categoria deve se reunir ainda hoje para decidir os rumos do movimento grevista. A paralisação .
[SAIBAMAIS]Os trabalhadores não descartam o funcionamento parcial dos trens. O diretor de assuntos jurídicos do SindMetro, Leandro Santos, alegou que é possível trabalhar sem oferecer riscos à segurança do usuário com um funcionário em cada estação, oito trens em horário de pico e três nos demais. "Com a greve, há uma redução natural do número de usuários, então esse número é suficiente para o atendimento. Acredito que é melhor oferecer esse serviço em horário integral, mas, infelizmente, foi decisão da diretoria da empresa funcionar apenas em horário de pico ou fechar totalmente as estações", declarou.
O posicionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal é outro: "funcionar com menos de 75% da frota compromete a segurança da população". Com este argumento, a empresa apelou ao Judiciário e teve o pedido parcialmente atendido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT-10) por meio de uma liminar que obrigava o funcionamento de 90% em horário de pico e 60% em tempos normais, com multa de R$ 100 mil ao dia em caso de desacato. A categoria descumpriu essa medida, segundo a companhia.

Diante da situação, o desembargador do TRT-10 Pedro Luís Foltran decidiu fixar novos percentuais para o funcionamento do transporte durante a greve. Agora, 75% dos trens deverão circular no horário de pico. Nos demais períodos do dia, a empresa deverá manter 30% dos trens em atividade. Nos sábados, essa porcentagem de circulação se mantém. Já nos domingos e feriados, a circulação deverá ocorrer com 30% da frota.

Reivindicações

Os metroviários exigem a convocação dos aprovados no último concurso e a data-base, segundo acordo firmado em 2015. Na ocasião, o GDF se comprometeu a implementar reajuste salarial de 8,4% conforme Índice de Preço ao Consumidor (INPC) e a convocar 320 novos servidores para a posse e mais 301 para formação de cadastro reserva, assim que o DF saísse do Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O acordo não foi cumprido.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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