Cidades

Atletas dos Jogos Escolares são atendidos com intoxicação alimentar

Comitê Olímpico do Brasil vai analisar as amostras do alimento servido a atletas, dirigentes e técnicos. GDF convocou força-tarefa do Samu para atender os casos de intoxicação

postado em 23/11/2017 14:54
Atletas e oficiais diagnosticados com gastroenterite e intoxicação alimentar são atendidos em força-tarefa montada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Cerca de 40 atletas e oficiais que participam dos Jogos Escolares da Juventude tiveram intoxicação alimentar e gastroenterite após comerem do alimento fornecido pela organização do evento. Unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram a montar uma força-tarefa no Centro de Convenções, nesta quinta-feira (23/11), para atender os pacientes. Não houve casos graves.

[SAIBAMAIS]O Comitê Olímpico do Brasil (COB), responsável pelos jogos, reforçou que a comida servida aos participantes é avaliada a cada três dias. Uma análise extra será feita para investigar as causas da intoxicação. A entidade informou, em nota, que trata o incidente como "caso isolado".

De acordo com o COB, os atletas, com idades entre 15 e 17 anos, almoçaram normalmente nesta quinta-feira. No cardápio, segundo o comitê, há apenas pratos "comuns a todas as regiões do Brasil", como frango grelhado, arroz, feijão e macarrão. Não se sabe qual ingrediente fez o grupo passar mal.
Ainda segundo a nota enviada pelo COB, a organização dos jogos servirá 52 mil refeições a 6 mil pessoas até o fim da competição. A entidade ressaltou que "todas as instalações da cozinha foram vistoriadas e liberadas pela Vigilância Sanitária".

Em nota, o Governo do Distrito Federal informou que "prestará todo apoio ao COB para atender os atletas que foram diagnosticados com intoxicação alimentar". O calendário da competição, que termina no sábado (25/11), não sofreu alterações. Cerca de 4 mil atletas dos 26 estados e do DF participam desta edição dos Jogos Escolares, que começou em 16 de novembro.

Relatório apontou falhas nas merendas das escolas


O episódio com a comida oferecida pelo COB aos atletas ocorre na mesma semana em que a Secretaria de Educação do DF recebeu um relatório que apontava falhas na comida servida em escolas de tempo integral. O documento, entregue pelo Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CDPDDH) na segunda-feira (20/11), mostrou problemas como falta de refeitórios e mau cheiro nos alimentos.

O GDF recebeu o relatório poucos dias depois de um menino de 8 anos ter desmaiado em uma escola do Cruzeiro. O garoto, morador do Paranoá, passou mal após ficar sem comer por não estar inscrito como aluno do período integral.

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