Cidades

Paciente com suspeita de febre amarela morre em hospital da Asa Sul

Internado desde o dia 19, psicólogo teve morte cerebral decretada e morreu às 11h24 desta manhã

Isa Stacciarini, Ricardo Faria - Especial para o Correio
postado em 27/11/2017 12:52
Homem morreu com suspeita de febre amarela. A única forma de evitar a doença é a vacinação. O remédio é gratuito e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano
O paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, com suspeita de febre amarela, morreu no final da manhã desta segunda-feira (27/11). Ele estava hospitalizado em estado gravíssimo desde o dia 19. Conforme o Correio vinha noticiando nos últimos dias, o homem de 43 anos estava com provável morte cerebral encefálica.


Segundo informações, o homem teria circulado em condomínios e na área rural do Jardim Botânico, onde compraria uma casa. Ele deu entrada na emergência em 18 de novembro com dor nas costas, mas foi liberado após ser medicado. No dia seguinte, porém, voltou ao hospital. Confuso e com fala incoerente, recebeu oxigênio e acabou sendo internado.

Até o momento, foram confirmados dois casos de febre amarela com morte no Distrito Federal em 2017, segundo a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, vinculada à Secretaria de Saúde do DF. O primeiro caso ocorreu em 19 janeiro e a vítima foi um morador de São Sebastião, que se deslocou para Januária (MG), local de provável infecção. A segunda morte, ocorreu com um morador de Itapoã, em 11 de fevereiro.

Febre amarela urbana ou silvestre?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo brasileiro distinguem dois "tipos" de febre amarela: a urbana e a silvestre. As duas são causadas pelo mesmo vírus e têm os mesmos sintomas. A diferença, como apontam os nomes, está no local de contágio.
No caso da febre amarela silvestre, a transmissão é feita por mosquitos que vivem na beira de rios e córregos. Eles picam macacos infectados com a doença e "carregam" o vírus até humanos saudáveis. Os sintomas são, febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação. O remédio é gratuito e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Ela (vacina) deve ser aplicada 10 dias antes de qualquer viagem para as áreas consideradas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos.

A vacina é contraindicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo. A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos).

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