Cidades

Creche em Ceilândia recebe festa de Natal antecipada de voluntários

A creche que fica em Ceilândia ganhou a primeira ação da Festa de Natal do Correio Braziliense Solidário este ano. O projeto ainda percorrerá seis instituições no Distrito Federal. Em cada uma delas, o Papai Noel distribuirá brinquedos

Walder Galvão*
postado em 29/11/2017 06:00 / atualizado em 19/10/2020 11:12

Crianças atendidas no Centro Comunitário de Ceilândia Sul se divertiram com a  presença do Papai Noel

Música e sorrisos marcaram a 15ª edição da Festa de Natal do Correio Braziliense Solidário. A cantoria no Centro Comunitário da Criança de Ceilândia Sul começou por volta das 13h de ontem. Durante a tarde animada, a criançada recebeu brinquedos, se divertiu e festejou a proximidade de um dos mais esperados feriados do ano, com a participação especial do Papai Noel. A ação social ainda passará por mais seis instituições do Distrito Federal, até 13 de dezembro.


No total, mais de 550 meninos e meninas, de 2 a 5 anos, participaram da tarde cheia de surpresas. Todos fantasiados de super-heróis, fadas ou princesas cantaram, brincaram, sorriram e se emocionaram durante a comemoração de fim de ano.

A creche que fica em Ceilândia ganhou a primeira ação da Festa de Natal do Correio Braziliense Solidário este ano. O projeto ainda percorrerá seis instituições no Distrito Federal. Em cada uma delas, o Papai Noel distribuirá brinquedos

Saiba Mais

A creche funciona há mais de 30 anos na região administrativa. A representante da instituição Hellen Mota, 34 anos, foi alfabetizada no centro. “Eu revivo a minha felicidade de infância todos os dias. Estar aqui é tão gratificante que sinto como se não fosse um emprego”, conta. A creche recebe crianças de Ceilândia e se mantém por meio de parcerias com a Secretaria de Educação do DF e com empresas privadas. No entanto, o canal para doações fica aberto. “Aceitamos de sucata a dinheiro. Tudo o que arrecadamos convertemos em recurso para a creche. Com o que não podemos aproveitar, fazemos bazares ou distribuímos”, relata.



O Centro Comunitário da Criança também presta serviço à comunidade. No lugar, oficinas, cursos e palestras para a população local são oferecidos. As crianças ficam na creche das 7h30 às 17h30 e recebem cinco refeições por dia. Os pais que tiverem interesse em matricular os filhos no atendimento precisam entrar em contato com a Secretaria de Educação e solicitar o serviço, que é gratuito.


A estudante de pedagogia e monitora da creche Maria Moreira Calado, 20, participou da primeira edição da Festa de Natal do Correio Braziliense em 2002.  “Aqui, aprendi a ser uma pessoa melhor”, relata. Maria decidiu cursar pedagogia para continuar o trabalho com crianças. Para ela, o desejo de formar pessoas está presente desde a infância. “O que eu vivi aqui foi inesquecível e sinto que preciso passar isso para frente”, afirma.


O serviço prestado pela creche é o apoio de que muitos pais precisam. Segundo a auxiliar de cozinha Marta da Conceição, 29, deixar a filha, de 4 anos, na creche permite que ela tenha um emprego. “Trabalho no mesmo lugar que minha filha está sendo alfabetizada. Isso me ajuda muito e ainda posso estar pertinho dela, é uma felicidade enorme”, conta.

A creche que fica em Ceilândia ganhou a primeira ação da Festa de Natal do Correio Braziliense Solidário este ano. O projeto ainda percorrerá seis instituições no Distrito Federal. Em cada uma delas, o Papai Noel distribuirá brinquedos

Participação

Para a presidente do projeto Correio Braziliense Solidário, Nazareth Teixeira da Costa, fazer parte da ação não tem preço. “A sensação é indescritível. Faço parte do projeto em Brasília há 15 anos e todo ano é emocionante sentir o calor e o carinho de cada criança”, afirma.


O empresário Jacques Simbalista, 40, participa da ação desde o início do projeto. “Os recursos são sempre distribuídos de forma organizada e, com isso, conseguimos ajudar as instituições de forma concreta. Isso é gratificante.”


“Não importa a idade para ser solidário”, afirma a estudante de 14 anos Ana Clara Costa Machado. A adolescente participou pela primeira vez da ação e afirma que a sensação é única. Ela garante que participará das próximas visitas e que não vai parar por aí. “Todos os anos eu e uns colegas da escola visitamos uma instituição. Agora, pretendo participar ainda mais”, conta.

* Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer

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