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Greve do metrô: encontro entre MPT e metroviários termina sem acordo

Encontro promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) não chega a acordo e paralisação do sistema só deve acabar após julgamento no Tribunal do Trabalho. Transporte continua com esquema de funcionamento especial

[SAIBAMAIS]Os trabalhadores também reivindicam a correção do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de 8,41% nos salários. ;A governança aprovou 188 convocações, apresentou um cronograma até abril e está, com isso, cumprindo o acordo que foi feito na ação coletiva;, detalhou a representante da Procuradoria do DF, Sarah Guimarães.


Diante da falta de um acordo, a procuradora do Trabalho Heloísa Siqueira de Jesus solicitou ao sindicato o número mínimo de convocações para atender à categoria, assim como também pediu ao GDF o máximo de convocações que poderiam ocorrer. Outros pedidos também foram feitos, como a relação de comissionados e seus respectivos proventos, a lista de funcionário do antigo Sistema de Abastecimento de Brasília (SAB) que atuam no Metrô-DF e o levantamento do prejuízo com a liberação das catracas. ;Se o MPT encontrar alguma irregularidade, tomará as medidas que forem possíveis para dar um parecer;, explicou Heloísa.


A demora entre os trens varia de 12 minutos, em horários de maior circulação, até uma hora após as 19h30, quando apenas três veículos estão em circulação. A dona de casa Afonsina Araújo, 70 anos, que ontem seguia para a Estação Furnas, reclama da situação. ;Eu gosto do metrô. É um transporte bastante funcional. E também concordo com ambas as partes na negociação, mas somos nós (passageiros) que mais sofremos;, lamenta Afonsina.