Cidades

Bombeiro que furtou viatura se recusa a fazer exames toxicológicos

Polícia Civil determinou que Fabrício Marcos Araújo fizesse exames de sangue e urina, mas o bombeiro se recusou. Teste clínico, realizado horas depois da prisão, não apontou embriaguez

Isa Stacciarini
postado em 04/12/2017 14:03
Caminhão do Corpo de Bombeiros parada na contramão na Esplanada dos Ministérios

O 2; sargento Fabrício Marcos de Araújo, 44 anos, que dirigiu uma viatura furtada por mais de 31km em alta velocidade até a Esplanada dos Ministérios se recusou a fazer testes de sangue e urina que poderiam constatar se ele estava embriagado ou sob o efeito de outras drogas. Dessa forma, ele foi submetido apenas a um exame clínico ; no qual são observadas sinais físicos, como hálito e vermelhidão nos olhos ; que não constatou embriaguez.

O bombeiro passou pelo exame clínico por volta das 5h de domingo (3/12), horas depois de ser preso. Mais tarde, às 9h, a Polícia Civil determinou que ele fizesse os testes de sangue e de urina. Fabrício foi escoltado por equipes do Corpo de Bombeiros do 19; Batalhão da PM, que fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, até ao Departamento de Polícia Especializada (DPE). Ao chegar ao IML, ele se negou a fazer os novos testes, um direito estabelecido em lei. Após a negativa, retornou ao 19; BPM.


Investigado pela própria corporação

Apesar de o exame clínico não constatar a embriaguez, fontes ouvidas pelo Correio explicam que, a partir de três horas da ocorrência, o resultado de alcoolemia nesse tipo de análise pode dar divergente. Por se tratar de um militar, o caso é investigado em um Inquérito Policial Militar (IPM) conduzido pela própria corporação do 2; sargento. O procedimento está a cargo da Corregedoria do Corpo de Bombeiros do DF e tem prazo de 20 dias para ser concluído, sendo possível a prorrogação por igual período caso haja necessidade de mais detalhes na apuração.

O laudo pericial produzido pela Polícia Civil será anexado ao inquérito. Depois de concluído o IPM, o relatório do caso será encaminhado para o Ministério Público. Em caso de oferecimento de denúncia, o julgamento vai acontecer na Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Ontem . Ele foi enquadrado nos crimes de furto qualificado, desobediência, danos ao material da administração militar e tentativa de dano.

Atendimento médico


Uma equipe multidisciplinar do Corpo de Bombeiros composta por médicos, psicólogos e religiosos, esteve na manhã desta segunda-feira (4/12) com o 2; sargento.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP/DF), as circunstâncias que levaram o bombeiro militar a retirar uma viatura do batalhão e dirigir em direção à Esplanada dos Ministérios serão esclarecidas após a conclusão do inquérito policial militar.

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