O ecossistema empreendedor vem ganhando cada vez mais força em Brasília, impulsionado por quem quer fazer diferente e reinventar a identidade da cidade de forma criativa. Nesse contexto, espaços para conexões e troca de experiências são essenciais. Por acreditar que também é preciso inovar na preparação de pessoas para empreender com criatividade, versatilidade e resiliência, a Fundação Assis Chateaubriand lançou, em agosto, a EI! Comunidade de Empreendedorismo e Inovação.
O programa começou com bate-papos sobre temas relevantes do mundo empreendedor, como o método design sprint para realização de projetos de forma ágil, primeiros passos para tirar uma ideia do papel, dicas para sair da zona de conforto, como lidar com as emoções nos negócios e o impacto do mundo pós-digital e futurismo na experiência do cliente.
Agora, a fundação se prepara para abrir as portas da EI para os brasilienses em janeiro, com uma oportunidade intensiva de formação, deixando de lado o conceito de escola e trazendo a ideia de comunidade de aprendizagem. A proposta é conectar pessoas e ideias, para empoderar e aperfeiçoar empreendedores, gerar negócios inovadores e impulsionar o empreendedorismo em Brasília.
O novo espaço, que vai funcionar na sede dos Diários Associados, foi apresentado nesta semana para empresários e parceiros. Segundo Paulo César Marques, vice-presidente da Fundação Assis Chateaubriand, o evento reuniu pessoas que querem fazer parte de um grande movimento para fortalecer a cultura empreendedora no Distrito Federal.
Na avaliação de Paulo César, a EI! Comunidade de Empreendedorismo e Inovação chega para ser uma peça relevante no ecossistema. ;Se fosse para definir em uma palavra, estamos trazendo uma inspiração para a cidade. A EI chega a um momento importante, com o propósito muito alinhado com os tempos atuais, de estimular as pessoas a pensarem fora da caixa, realizarem seus sonhos e cuidarem das suas vidas fazendo o que gostam;, explica. ;Queremos colaborar com essas mentes que realmente desejam fazer algo diferente e contribuir para o crescimento da cidade.;
Conhecimento
A comunidade de aprendizagem da EI está baseada em três pilares: oferecer conhecimento, conexões e experiências para quem quer empreender com propósito, com estratégia e com saúde. A estrutura conta com área de coworking, espaço maker para prototipagem de produtos em fase de teste, squads para criar soluções inovadoras em grupo, eventos de conexão com o ecossistema empreendedor, oficinas, salas multimídia e espaço bem viver, com atividades para as pessoas movimentarem o corpo e relaxarem a mente.
Inscreva-se
É possível participar da comunidade por meio do programa intensivo de aprendizagem, com duração de 6 meses, ou em eventos e atividades pontuais, no novo espaço aberto na sede dos Diários Associados, no SIG Quadra 2. O primeiro grupo do programa intensivo começa os encontros em janeiro de 2018. As novas inscrições serão abertas a partir da segunda quinzena deste mês de dezembro. Informações pelo e-mail ei@facbrasil.org.br ou pelo site www.facbrasil.org.br.
Depoimentos
;Brasília tem um potencial enorme, porque, além de ter os grandes tomadores de decisões do país concentrados na cidade, há uma série de grandes empresas sediadas aqui que eram tão conservadoras quanto o governo e, hoje, estão acordando para a necessidade de respirar o empreendedorismo como uma forma de refrescar a maneira de pensar, ir ao mercado e agir com o cliente. Cada vez mais a gente vê surgir oportunidades de aceleração corporativa, para darem o pontapé a iniciativas que vão ajudar a disseminar o empreendedorismo em Brasília. Se você tem uma ideia na cabeça e quer tirá-la do papel, procure programas como o da EI, que vão te ajudar a tornar aquele sonho numa realidade.;
Aluir Dias, CEO da Acceleratus, aceleradora de startups
;Brasília é uma cidade cujo histórico é de ter uma economia muito ancorada no serviço público, não tem um desenvolvimento industrial muito grande, apesar de ter boas indústrias na cidade. Acho que o caminho do empreendedorismo e da inovação pode ser uma rota para o desenvolvimento econômico da cidade, para um vetor de crescimento, de geração de empregos, de evolução do padrão cultural, do padrão de vida. Entendo que iniciativas como essa da EI, incentivando o empreendedorismo na cidade, podem contribuir com o desenvolvimento social e econômico de Brasília.;
Alessandro Machado, sócio da Cedro Capital, gestora de fundo de investimento para empresas de tecnologia e inovação
;O Brasil é um país que carece de jovens empreendedores, de jovens que tenham coragem de iniciar seus negócios. As dificuldades são muitas, há uma burocracia enorme, confusão tributária. Isso tem desestimulado muito o nascimento de empresas. Mesmo assim, grande parte dos empregos no Brasil hoje é fornecida por novas empresas, pequenas empresas, microempresas. Por isso, é importantíssimo a criação de uma geradora de incentivo aos jovens, como a EI, porque vai ser um momento de troca de ideias, debates, aprendizados. Veio em boa hora, porque Brasília é uma cidade moderna, cheia de jovens querendo iniciar suas atividades, e que precisam ter um conhecimento maior, um entrosamento maior.;
Paulo Octávio, empresário
;Acredito que Brasília seja um grande celeiro de empreendedores, que precisam de oportunidades e espaços para se conectarem em redes. Acho que a EI é um lugar bacana para a conexão das pessoas, de boas alternativas e empreendimentos que vão tocar o coração da nossa cidade. É uma energia diferente, que vai atrair muitas pessoas a se encontrarem aqui para empreenderem e inovarem numa nova rota que Brasília precisa ter, que é uma rota de desenvolvimento com os jovens, com novas ideias, quebrando todos os paradigmas.;
Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa do DF