postado em 07/01/2018 14:43
O primeiro Ambulatório Trans do DF atendeu 102 pacientes de agosto a dezembro de 2017. A unidade, que fica no Hospital Dia, da 508/509 Sul, é a sexta do tipo no Brasil. A equipe disponível é multiprofissional, com representantes das áreas de psicologia, psiquiatria, endocrinologia, enfermagem e serviço social.De acordo com o gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável da Secretaria de Saúde, Vittor Ibanes, ;qualquer pessoa que tenha conflito de gênero precisa fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico para que entenda o processo, o que está acontecendo com ela;. Após a busca pelo atendimento na área de saúde mental, o serviço mais procurado do ambulatório é o de endocrinologia.
Para o psicólogo da equipe, André Peredo, a criação do Ambulatório Trans faz parte da defesa de um serviço de saúde universal público de qualidade e de vanguarda. ;No ambulatório, cabe à saúde mental avaliar a disforia de gênero, ainda que o enfoque seja para o cuidado, avaliar a possibilidade de agravos psiquiátricos e terapeuticamente oferecer meios para o tratamento, como psicoterapia individual e em grupo;, exemplifica.
Como é a entrada no Ambulatório Trans do DF
O primeiro passo para buscar acompanhamento no Ambulatório Trans do DF é agendar a participação em um grupo de entrada. Para isso, basta se dirigir ao Hospital Dia, de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas e das 14 às 16 horas. O ambulatório atende terças e quintas-feiras.As reuniões de acolhimento ocorrem duas vezes por mês ; em terças ou quintas-feiras intercaladas. No primeiro encontro, os profissionais explicam como funciona o ambulatório e colhem informações sobre as expectativas dos futuros pacientes. Antes de serem encaminhados para as consultas com cada especialista, eles passam por entrevistas para identificar as principais necessidades de cada um.
Políticas públicas estão previstas em legislação federal
As políticas públicas específicas para esse grupo social estão previstas na Portaria n; 2.803 de novembro de 2013, do Ministério da Saúde.Por meio do marco legal, foi definido e ampliado o processo transexualizador no Sistema Único de Saúde, que prevê a capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde para lidar de forma humanizada com transexuais e travestis, tanto na atenção básica quanto na especializada, sem discriminação.
Com informações da Agência Brasília.