Jornal Correio Braziliense

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Caesb vai definir empresa para captação do volume morto do Descoberto

A companhia informou que a operação deve começar em maio e que o uso do volume morto só deve ocorrer em caso de necessidade


Em nota, a estatal disse que espera usar o volume morto do Descoberto apenas em caso de necessidade. No entanto, a Caesb não detalhou quais seriam esses casos. Ainda de acordo com a companhia, o objetivo da obra é "viabilizar a utilização do volume morto de forma mais eficaz e com barateamento de custos".
[SAIBAMAIS]O volume morto é uma parte do reservatório que fica abaixo do ponto onde os canos de captação da concessionária costumam chegar. Geralmente, a água tem qualidade inferior à encontrada na superfície, com baixa oxigenação. A Caesb garantiu, no entanto, que tem "tecnologia e capacidade" para tratar essa água para o consumo humano.

Também em nota, a companhia destacou que faz análises operacionais de hora em hora, para controle dos parâmetros da qualidade da água a ser distribuída à população. As normas do Ministério da Saúde preveem que essas análises devam ser realizadas de duas em duas horas.%u200B
Há dois meses, o nível do reservatório do Descoberto estava em torno de 5,3%. À época, especulava-se a possibilidade da ampliação do racionamento para até 48 horas caso o valor descesse para abaixo dos 5%.
No entanto, por causa do volume de chuvas acima da média vistos em dezembro e na primeira semana de janeiro, o volume útil no Descoberto aumentou quase sete vezes. No domingo (7/1), a barragem atingiu 34,8%


Volume morto foi usado na crise hídrica em São Paulo

O volume morto do Sistema Cantareira por 535 dias, entre julho de 2014 e dezembro de 2015. Para usar o sistema, foram investidos R$ 120 milhões em uma obra de dois meses.

Há menos água de volume morto no Descoberto em relação ao reservatório do Cantareira. Ao Correio, a Caesb informou que é impossível saber por quantos dias o recurso seria suficiente para abastecer o DF. Segundo a estatal, a capacidade dependeria da vazão captada pela companhia e do consumo da população na época em que o volume morto seria utilizado.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer