O tiroteio ocorrido na última sexta-feira (12/1) em um posto de combustíveis no Pró-DF, em Ceilândia Sul, que deixou seis pessoas feridas, segue sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo a corporação, o principal alvo do ataque, que é considerado um acerto de contas, Josivaldo de Jesus, 29 anos, foi transferido para o Hospital de Base. Ele foi a única vítima que foi socorida pelos bombeiros, devido à gravidade dos ferimentos.
Ainda de acordo com a PCDF, Josivaldo teria passado por uma cirurgia no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), para onde foi levado logo após ser atingido por três disparos, dois no tórax e um no braço. Procurada pela reportagem, a Secretária de Saúde não respondeu sobre o estado de saúde do homem, nem se ele ainda corre risco de morte.
Memória
Ceilândia tem sido palco de diversas ocorrências desde a sexta-feira passada, quando um veículo passou no posto de gasolina e atirou indiscriminadamente contra as pessoas que ali estavam. Josivaldo era motorista de um Vectra branco e levava o filho, de 8 anos, quando foi atingido. A criança também teve ferimentos, mas não corre risco de morte. As outras quatro vítimas, uma mulher e três homens, foram socorridas no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) por populares que presenciaram o crime. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
No dia seguinte, sábado (13/1), outra ocorrência de tiroteio chamou atenção das autoridades de Segurança Pública do DF. Um veículo atravessou à frente de um Hyundai Santa Fé preto, em um cruzamento do P Sul, e abriu fogo. O motorista, que levou vários tiros, entre eles um na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no HRC. O passageiro também foi baleado, na perna, mas não corre risco. Neste caso, que aconteceu próximo à feira do P Sul, na QNP 14, também ninguém foi preso.
Ambos as ocorrências vieram à tona logo após a recomendação do governo dos Estados Unidos aos norte-americanos, que visitassem o Distrito Federal. A ordem é que eles evitem quatro regiões do DF, principalmente no período da noite. São elas: Ceilândia, Paranoá, Santa Maria e São Sebastião. Houve, nas redes sociais, uma comoção dos moradores dessas cidades, rechaçando a orientação do governo de Donald Trump.
A nota ressalta, ainda, que as atividades do crime organizado são generalizadas no país. As quatro cidades brasilienses foram enquadradas em risco nível dois, em uma escala de um a quatro.