Jornal Correio Braziliense

Cidades

Corpo de Bombeiros afasta tenente-coronel suspeito de agredir a ex-mulher

Caso é investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Águas Claras). Câmeras de segurança registraram a suposta agressão. Justiça concedeu medida protetiva

Constam no documento, ainda, depoimentos de duas testemunhas. Em defesa de Ludmilla, a tia afirmou que a retirada dos objetos havia sido autorizada por um advogado. Em declaração, acrescentou que, ao tentar proteger a mulher no momento em que Jairo ;partiu para agredi-la;, foi empurrada pelo tenente-coronel e ;caiu sentada em uma cadeira;. ;Quando Ludmilla estava saindo da loja, Claudio a agarrou por trás e a arremessou ao chão;, frisou.
A namorada do tenente-coronel, por sua vez, alega que não viu o companheiro, ;em momento nenhum, agredindo ou empurrando Ludmilla, mas viu que ela caiu no chão;.

Novas medidas protetivas


Com base no caso deste fim de semana, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Águas Claras determinou novas medidas protetivas, as quais determinam que o servidor do Corpo de Bombeiros mantenha distância mínima de 200 metros da ex-mulher.

[SAIBAMAIS]Na decisão, o juiz substituto Tarcísio de Moraes Souza aponta que há versões conflitantes sobre o episódio. O magistrado, contudo, destaca que a intervenção judicial é necessária para ;evitar a reiteração de atos semelhantes aptos a causar prejuízos à integridade física e moral da ofendida;.

A 21; DP instaurou inquérito para apurar o caso. Conforme consta na ocorrência policial, Ludmilla foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) para exames de corpo de delito.
Há câmeras próximo ao local onde ocorreu a suposta agressão que podem ajudar o esclarecimento dos fatos. As imagens mostram um homem puxando uma mulher pelos braços e a jogando, com força, ao chão.
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Outra investigação


Claudio Góes é investigado em outro inquérito policial. Ele teria agredido Ludmilla em agosto de 2016, num apartamento localizado em Águas Claras. Por conta do episódio, o poder Judiciário restringiu a proximidade do servidor do Corpo de Bombeiros a Ludmilla por cerca de 1 ano e 5 meses. As medidas protetivas, contudo, foram revogadas na última sexta-feira, "em vista da ausência de provas;, aponta a Justiça.
"Ele fez ameaças via WhatsApp ao meu companheiro, o que é considerado uma desobediência à Lei Maria da Penha. Ele não para, estou com medo", disse Ludmilla, em entrevista ao Correio, denunciando fatos anteriores à revogação das medidas protetivas.

Ao Correio, o tenente-coronel afirmou que as acusações de Ludmilla são ;falsas;. Ele acrescentou que a ex-mulher ;apresentou uma versão distorcida da realidade;. ;O inquérito investiga, inclusive, o falso testemunho dela e uma tentativa de homicídio contra mim. Todos estão muito aquém do que realmente aconteceu;, pontuou. Por fim, o servidor do Corpo de Bombeiros declarou que a palavra da ex-mulher não pode ser levada em consideração, por conta de uma série de falsos testemunhos no passado.