
Depois de quatro anos sem receber espetáculo, a primeira fase da reforma do Teatro Nacional Cláudio Santoro deve começar em maio. O projeto vai contemplar inicialmente a revitalização da Sala Martins Penna, que abriu as portas ao público pela última vez em dezembro de 2013. Na terça-feira, a Secretaria de Cultura publicou no Diário Oficial do Distrito Federal o nome da empresa selecionada no chamamento público para realizar a obra. O vencedor é o Instituto Pedra, de São Paulo.
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Mas 2018 pode terminar sem a conclusão da primeira etapa da reforma. Na tentativa de acelerar o projeto inicial, representantes da Cultura do Distrito Federal se reúnem hoje com integrantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A pressa é para fechar o cronograma da reforma, estimada em R$ 35 milhões. Mas a avaliação do secretário de Cultura, Guilherme Reis, é que o Iphan consiga a captação de ao menos 20% dos recursos em até 90 dias, para iniciar o processo.
Projeto previsto
Pelo projeto, a reforma vai ocorrer em quatro etapas. Depois da fase de reformulação da Sala Martins Pena, a próxima vai focar na reestruturação da Sala Villa-Lobos. Assim, as áreas do teatro serão entregues progressivamente. A estimativa original de custo para a revitalização, em 2014, era de R$ 220 milhões. Diante do valor, o Ministério da Cultura rejeitou o projeto e o Governo do DF teve que fazer outro, menos ambicioso.
Guilherme Reis alegou que, em 2015, diante de um deficit financeiro, o GDF não tinha dinheiro para iniciar a obra. Um ano depois, começaram a ser feitos estudos para verificar o melhor modelo de reforma. “Houve uma decisão de governo que aquele não era o melhor momento, diante de tantas demandas sociais. No ano passado, fechamos o processo de definição do modelo de reforma”, comentou o secretário de Cultura.
Memória
Mais de 100 irregularidades
O Teatro Nacional Cláudio Santoro está fechado desde janeiro de 2014, por recomendação do Ministério Público do DF, com base uma vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros. Faltavam, entre outras coisas, alvará de funcionamento e habite-se. Ainda, mais de 100 problemas foram apontados no laudo.