postado em 29/01/2018 22:30
Após oito anos de tramitação, o caso do delegado aposentado da Polícia Civil Waldecy Camêlo irá a júri popular na próxima quarta-feira (31/1). Ele é um dos acusados de participar de dois homicídios qualificados, sendo um tentado e outro consumado, e corrupção de menores em dezembro de 2009. Waldecy também responde a processo por dois sequestros. O caso corre sob sigilo na Justiça.
[SAIBAMAIS]À época, Waldecy era delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Ele foi a Taguatinga Sul, junto com dois comparsas, entre eles um adolescente, e compeliu dois menores a entrar no carro em que os três estavam. Os cinco seguiram para uma estrada de terra à margem da DF-180, onde Waldecy efetuou disparos contra uma das vítimas, que morreu na hora. A outra conseguiu fugir.
No mesmo dia, ele e o adolescente voltaram a Taguatinga Sul e obrigaram duas outras pessoas a entrar no veículo que ele dirigia, um homem de 30 anos e um adolescente. As duas vítimas foram algemadas e, ao chegarem a outra estrada de terra, próxima à DF-001, ambos conseguiram fugir. Waldecy e um dos participantes do primeiro crime serão julgados no Tribunal do Júri de Brazlândia.
Investigações
De acordo com o delegado Pedro Luis de Moraes, à frente das investigações à época, a participação de Waldecy no crime ficou comprovada pelo depoimento de uma testemunha que afirmou estar com o policial no momento em que ele matou a vítima e feriu o amigo dela. Waldecy teve o filho, Wesley Oliveira Camêlo, morto com cinco tiros alguns dias antes de cometer os crimes.