Jornal Correio Braziliense

Cidades

Objetos cortantes ferem, em média, 100 trabalhadores do SLU por ano

SLU recomenda atenção ao descarte de materiais para evitar acidentes. Também é fundamental separar o lixo orgânico do reciclável



O gari Emerson Brito, de 37 anos, terminou no hospital após se machucar. ;Quando peguei os sacos, perfurei a mão; quando puxei, só senti a dor;, conta ele, que atua há três anos e três meses na coleta pública de resíduos do Distrito Federal.

O também coletor Robson Teixeira da Cunha, de 23 anos, cortou-se há cerca de dois meses com um copo quebrado, durante rota pela Vila Telebrasília. ;Peguei o saco que tinha comida dentro e logo senti que algo cortou dois dedos de uma vez; sangrou;, relembra.

Felizmente, segundo a diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos, a média de feridos têm diminuído. Em 2015, foram 109; no ano seguinte, 94. Em 2017, 80 coletores se machucaram por causa do descarte inadequado.

;Muitas pessoas começaram a ter mais cuidado, o que pode indicar esse decréscimo;, aponta. Entre as medidas do SLU, estão cursos de capacitação para garis e o envelopamento de caminhões de coleta com dicas sobre o descarte desse tipo de material.

De acordo com a Secretaria de Saúde, para evitar acidentes, seringas devem ser entregues em uma unidade básica de saúde em caixa de papelão lacrada e identificada. O cidadão também deve descartar o material de acordo com o tipo ; se é reciclável ou não.

As garrafas pet, por exemplo, podem ser usadas como recipientes para alfinetes, agulhas e pregos. Espetinhos de churrasco, que são considerados materiais orgânicos, também podem ser colocados nessa embalagem.

Vidros devem ser devidamente embrulhados e descartados na lixeira de orgânicos/rejeitos, já que atualmente não há viabilidade técnica, econômica e financeira para o aproveitamento desse material no DF.

Com informações da Agência Brasília