Jornal Correio Braziliense

Cidades

Blocos próximos à área onde houve desabamento podem mudar de lugar

Os blocos de carnaval Raparigueiros e Baratona, que em anos anteriores desfilaram pelo Eixão Sul, vão se concentrar no Eixo Monumental



A Secretaria de Segurança Pública ainda analisa o impacto do desabamento do viaduto da Galeria dos Estados, no Eixão Sul, ao carnaval da capital federal, informou a pasta na noite desta terça-feira (6/2). Existe a possibilidade de mudança do local de desfile dos blocos que se concentram ou percorrem áreas próximas ao acidente, como Galinho de Brasília e Engenhoca. "Qualquer alteração na programação será definida em conjunto com os dirigentes dos blocos", diz o texto.

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O governo também confirmou que os blocos Raparigueiros e Baratona, que em anos anteriores desfilaram pelo Eixão Sul, vão se concentrar no Eixo Monumental, na altura do Estádio Mané Garrincha. A alteração já estava prevista, devido aos pedidos de moradores da região, mas as agremiações reivindicavam a manutenção do trajeto.

Mais cedo, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) informou que o trecho inicial do Eixão Sul ficará interditado, ao menos, até o próximo dia 19. No meio tempo, serão realizadas as perícias técnicas e a limpeza da área do acidente. A medição exata do perímetro bloqueado deve ser feita nesta quarta-feira (7/2).

O acidente


Na manhã desta terça, o acidente abriu uma cratera que ocupa duas pistas do Eixão Sul, e um imenso bloco de concreto caiu sobre carros que estavam estacionados sob o viaduto, que facilita o acesso aos Eixinhos, ao Setor Comercial Sul e ao Setor Bancário Sul. As equipes do Corpo de Bombeiros que foram deslocadas até o local vasculharam os destroços com a ajuda de cães farejadores e dois guindastes e não encontraram nenhuma vítima.

[SAIBAMAIS]Após avaliar a situação, a Defesa Civil afirmou que há possibilidade de outra parte do viaduto ceder. Por isso, o primeiro trabalho da equipe do órgão é escorar a estrutura para evitar novo desabamento. Ao visitar o local, o governador Rodrigo Rollemberg admitiu que o viaduto não recebeu manutenção recentemente.

As causas do acidente no Eixão Sul ainda não foram esclarecidas. Apenas uma análise mais detalhada, prevista para ser feita nos próximos dias, será capaz de apontar com precisão o que motivou o desastre. "São construções antigas. O nível de exigência daquela época era menor. Possivelmente houve infiltrações, que podem ter corroído as ferragens ao longo do tempo", ponderou Rollemberg.

Entidades da sociedade civil, como a Universidade de Brasília (UnB), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e o Clube de Engenharia serão convidados a ajudar na reconstrução do viaduto. Elas devem dizer, inclusive, se a melhor solução é reaproveitar parte do trecho que desmoronou ou implodir a estrutura.

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