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Brasilienses reclamam de trânsito intenso na região onde viaduto desabou

Local onde houve a queda do viaduto, no Eixão Sul, ainda enfrenta congestionamento nos horários de pico, mesmo com desvios e sinalizações alteradas pelo Detran


Motoristas ainda enfrentaram trânsito bastante congestionado na volta para casa nesta quinta-feira (8/2), por causa dos desvios no Eixão Sul. Quem precisou passar pelo eixinho W e L entre 18h30 e 20h30, na altura do Setor Comercial e Bancário Sul, encontrou vias cheias e fluxo lento. O motivo, segundo relatos da popualçao, é a chegada das chuvas e a queda do viaduto no Eixo Sul, na manhã da última terça-feira (6/2).

[SAIBAMAIS]Além disso, o engarrafamento ainda ficou maior por causa das obras de desvio, nos dois sentidos. As intervenções da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e do Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER/DF) começaram na tarde desta quinta-feira (8/2).

O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Glauber Peixoto, que fazia o controle do trânsito e as fiscalizações na região na tarde de hoje, disse que o congestionamento melhorou entre quarta e quinta-feira. Segundo ele, "Isso porque liberamos os sinais para melhorar o fluxo e aumentamos a sinalização. Os condutores também podem passar pelo subsolo um pouco depois do local interditado, algo que não estavam fazendo antes. São medidas que fizeram melhorar", explicou.

Porém, apesar da mobilização, enquanto o Eixão continuar interditado, o trânsito deve se manter mais intenso. "Mesmo com essas medidas, o Detran recomenda que os motoristas procurem alternativas. A situação, até que se resolva, não será a mesma", concluiu Peixoto.

Transtornos permanecem

Apesar da leve melhora apontada pelo Detran, passageiros e comerciantes da região reclamaram da demora e superlotação dos ônibus. Além disso, a média de espera pelo transporte público dobrou, segundo usuários. É o caso do auxiliar administrativo Wilton Barbosa, 48 anos. Ele, que mora em Santa Maria, disse que tem demorado mais de duas horas para chegar em casa. "Antes, levava cerca de uma hora. Agora, ultrapassa duas horas de espera. Fora que percebi que tem menos ônibus desde as férias escolares. Está complicado", explicou Wilton.


A cabeleireira Marina Ramos, 50 anos, trabalhou por 13 anos na Galeria dos Estados e agora está no Setor Comercial Sul. O percurso que ela faz é praticamente o mesmo de antes e ela diz que o local sempre foi congestionado. "Nesta semana, parece que dobrou o número de carros. Acredito que tenha sido pela chuva e pela queda do viaduto. Mas sempre foi assim. Não pode chover que para tudo", desabafou.

Lisa Sales, 42 anos, que trabalha como atendente de call center há oito meses no Setor Comercial Sul, não viu diferença no trânsito dos últimos dois dias. "Desde o dia em que o viaduto caiu, o trânsito está complicado. Levava 25 minutos para chegar em casa. Hoje, chega a 35", opinou a moradora do Riacho Fundo I.

A vendedora de roupas e condutora Valdirene de Oliveira, 46 anos, precisa fazer desvios entre as quadras da W3 Sul para escapar do trânsito. Ela mora na Granja do Torto. "Está sendo um caos para voltar para casa. O problema é ficar parado no carro por tanto tempo sem se mexer. Espero que essa situação melhore o quanto antes", concluiu Valdirene.