Letícia Cotta*
postado em 09/02/2018 19:52
Não é novidade o assédio rolar solto, em especial nesta época do ano. Só no primeiro final de semana deste mês, foram 766 denúncias encaminhadas ao Ministério Público e à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do DF. Em 2017, 4.935 denúncias foram registradas durante todo a folia. Além disso, inúmeros foram os relatos encontrados de assédio e homofobia no bloco carnavalesco ;Quem chupou, vai chupar mais; em 2018, conforme o Correio noticiou.
As denúncias de assédio subiram 90% em todo país, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR). Só no Distrito Federal foram registradas mais de 2 mil ocorrências ; número que se aproxima de uma das maiores festas do país, no Rio de Janeiro.
Pensando nisso, a SPM/PR iniciou a campanha digital contra o assédio. A campanha, que tem início nesta sexta-feira (9/2), explica aos internautas a diferença entre assédio e paquera, assim como destaca os canais de denúncia, como o Ligue *180.
Mas o governo não está sozinho nessa. Apesar da campanha ter sido lançada nesta sexta, os próprios blocos de carnaval tomaram iniciativa, e uma campanha popular chamada ;Aconteceu no Carnaval; foi criada em 2017, pela rede Mete a Colher ; que criou um canal para mulheres, através da internet, denunciarem as situações de assédio que passaram na data. Outra campanha, iniciada no Rio de Janeiro, se espalha pelo país, com a distribuição de frases temporárias como ;Não é não!”, em tatuagens de henna. Já no DF, um coletivo de artistas e produtores deu início à campanha #FoliaComRespeito.
Em nota, a SPM informa que a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência é um serviço de utilidade pública e confidencial, 24 horas. Através das reclamações registradas, o Ligue 180 acolhe e encaminha as denúncias para os órgãos competentes.
*Estagiária supervisionada por Anderson Costolli